domingo, 15 de fevereiro de 2015

Peixe Roncador do Carnaval

Como todo bom pescador, neste carnaval não podia fazer outra coisa a não ser... Pescar.

Neste domingo de carnaval o mar estava muito mexido dado a grande quantidade de chuvas nos últimos dias. A noite do dia seguinte praticamente choveu sem parar, o que para mim trazia a hipótese de pouca gente na praia e grande possibilidade de pegar alguns Paratis Barbados.

Fui tarde para a praia, acordei com preguiça e acabei saindo por volta das 08:00h. Na praia não tinha ninguém com achava, alguns poucos caminhando apenas, a maré estava bem mexida com bastante algas e areia nas ondas. Levei como isca minhocas da areia, pretendendo pegar os Paratis, mas sabia que o dia estava mesmo para os Bagres dado a quantidade de material orgânico da água.

Não tinha concluído a montagem  da tralha e comecei a conversar com um senhor aposentado que agora morava na praia (coisa que um dia quero fazer), Sr. Rovalino (acho), veio de Sapucaia (RS), morou um tempo em Blumenau e agora estava na praia. Ele não se considerava um pescador experiente na praia, por achar que começou muito tarde, mas como sempre digo, só se aprende a pescar pescando, pratica eventualmente as pescarias e costuma pegar uns peixinhos.

No meio da conversa já consegui tirar o primeiro bagrinho da água, pequeno, mas era um bom sinal que os peixes não estavam sendo influenciado pela pressão atmosférica que parecia estar estável.

Estava pescando com uma vara a curta distância, posicionada na arrebentação e minha Mariners Sport Versus posicionada bem ao fundo, atrás da ultima onda (da praia para o mar). Vez ou outra sentia uns beliscões de peixes menores na vara, a Versus é muito sensível a pequenos toques o que facilita a identificação de vento, material orgânico, onda e claro, peixes.

A conversa foi tempo a dentro, sempre é claro falando de peixe, pescaria e pescadores até que senti umas beliscadas um pouco maiores, tirei a vara da secretária e aguardei, senti novo beliscão, dei uma boa fisgada e a resposta foi o roubo de uma boa parte da linha. Beleza, este era grande, agora sim o pai vai matar a saudade de uma boa briga. Comecei a fazer o trabalho de vara, levantando a vara, recolhendo linha ao abaixa-la, afrouxei um pouco o freio do molinete e tentei ter paciência, este teria que trabalhar para tirar. O bicho respondia roubando linha e nadando de um lado para outro da onda, ou era um Pampo ou outro peixe, pelo peso não poderia ser um Parati mesmo brigadores como são.


Vez ou outra, nadava em direção ao recolhimento e voltava a nadar lateralmente, fui fazendo o recolhimento e o trabalho de vara com cautela. A Versus produz um trabalho muito bom, valoriza a ação do peixe e aumenta a adrenalina, o peixe se transforma em um monstro e iguala a briga com o pescador.

Logo pude ver o bicho na onda, mas ainda não tinha identificado o peixe, pelo formato da cabeça parecia ser um robalo, mas estranhava que não ocorria nenhum salto.  Baixei a vara e coloquei lateralmente as onda pois o bicho estava perto, recolhi vagarosamente até perceber que tinha se rendido. Um bonito Roncador, acho de de aproximadamente 2 kilos, meu recorde pessoal, nunca tinha pegado um tão grande na praia. Que maravilha, com um peixe grande assim, não faltou gente para chegar perto e dar uma olhada.

Belo Roncador
Tirado as fotos, vamos para tirar o anzol, para minha infelicidade o bicho prendeu o anzol internamente em suas guelras (as vezes acontece), na briga e força acabou puxando boa parte para fora, é como se tira-se o pulmão do peixe. Este infelizmente não iria se recuperar, ofereci para o Sr. Rovalino, que ficou contente com o peixão, "Este sozinho já dá um frito". Realmente não gosto nada quando estes acidantes acontecem, para mim é como um acidente de  automobilismo em que o piloto acaba morrendo, só que neste caso eu não era o piloto.

Maravilha de pescaria, depois disto saiu mais alguns bagres, algumas outras puxadas, uma até perdi o peixe no recolhimento. 

Adoro feriado de carnaval para pescar.




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