domingo, 16 de fevereiro de 2014

Mar com ressaca, água turva, sem peixe.

Novamente minha frase ilustra bem a situação: "Pescador as vezes de tão persistente se torna teimoso".
Neste final de semana, ao chegar na praia vi que todos os avisos estavam realmente corretos, não seria nada bom para pesca, devido a fortes chuvas no litoral e nos vales a água do mar estava turva na maioria das praias.
Praia de Itajuba água turva

Andei por toda a costa de Navegantes - SC até Barra Velha - SC e a situação foi a mesma. Água Turva, maré agitada. Água turva não é sinônimo de sujeira, mas sim de mar agitado, de tempestades no alto mar fazendo a água nas praias ficar "mexida", ou seja com areia em suspensão.

Minha teimosia iniciou no sábado na praia da Itajuba, logo depois da praia de Piçarras.
Fiz uma pescaria a curta distância com o equipamento em punho, a isca chegava a ficar esponjosa e nenhum sinal se quer de peixe, nem um Bagre pelo menos. A unica coisa interessante foi assistir o pessoal do Sky Surf com suas pipas aproveitando as ondas cor de Caldo de Cana.

Praia do Sol
No Domingo não satisfeito com a situação, peguei a galerinha, botei no carro e fomos até a praia do Sol em Barra Velha, mesma situação se repetiu. Muito vento, água turva, nada de peixe.
Pescadores não faltavam, tinha um casal tentando pescar com artificial na beirada da praia, parecia estarem a um bom tempo e pelo animo não pegaram nem Gripe.

Levei minhas varas para pesca de arremesso, posicionei uma delas mais ao longe possível, outra segunda arrebentação no canal que se formava. Para dizer que não foi sem nenhum sinal de peixe, vez ou outra dava algum sinal bem fraco de peixes menores, em uma ocasião dessas tirei um  Bagrinho que serviu apenas para dizer que não peguei nada.

Único do final de semana

Tinha me arrependido de ter ficado o final de semana em casa e tentado pegar com Fly Caipira umas saicangas que já faz um tempo que não pego, mas pensei melhor e pensei que os rios também estão barrentos.
Chover é necessário, mas já estou com saudades dos Pampos e Paratis da água limpa.

Água Turva, Vento forte

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pescaria de Peixe Espada sem Peixe Espada (Choveu Palombeta)

Neste final de semana realizei mais uma aventura nas Balsas de Maricultores de Penha -SC.

Mar estava Verde no Balneário

Eu e o Sr. Nelson já estávamos as 16:00 horas com toda a tralha montada e esperando os peixes. Carlos de 34 C, o mar estava verde, água clara e quente, que me lembro nunca ví o mar tão quente assim. O vento estava soprando sentido norte sul o que favorecia a pesca na região, mas sem onda alguma o mar parecia uma grande piscina.

Preparei uma de minhas varas com um chicote de três anzóis iscados com camarão para tentar alguns peixes diferentes até pintar os espadas. Não demorou muito para então tirar uma Palombeta (melhor se fosse um Pampo), que veio brigando muito, pena que este peixe não tem carne nenhuma é completamente seco, magro, virado em escama e espinha.

Logo que na sequência tirei mais uma Palombeta  de tamanho maior. Como não era de meu interesse soltei os peixes, pois nem para isca servem. Quando pesco nas Balsas outros peixes que pego, costumo não soltar para serem utilizados de isca, é o caso de sardinhas e outros peixes que são possíveis de serem capturados.

Chegou para nos fazer companhia na balsa dois irmãos, chegaram falando muito, este é um sinal para mim, geralmente quando as pessoas chegam falando muito é um sinal que estão enjoando, quase que na sequencia ocorre um silêncio, confirmando que o próximo passo será soltar a ultima refeição para os peixes. Um deles então com a desculpa de estar cansado da semana se deitou e acabou dormindo por 1 hora.


Depois de pegar em torno de umas 5 Palombetas minha vara iscada com charuto deu sinal. Esta vara é reforçada, maciça e revestida de carbono muito forte, molinete XT6000 da Marines com linha 80mm, a vara quase caiu do suporte. Fisguei e o peso que senti me pareceu que ficou enroscada em algum entulho no fundo do mar.

Polvo Doido
Fiz força para tira-lo, senti que a linha estava cedendo mas não poderia ser peixe, pois não fazia nenhuma briga, nem sinal ou batida na linha. Ao trazer para bordo tive uma surpresa, já peguei em minha vida de pesca cagado, tartaruga do mar, enguias, moreias e até caranguejo, mas o que vi me deixou realmente surpreso, um enorme Polvo. Isto mesmo, um Polvo marrom que se soltou e foi logo tratando de retornar para o mar, quase não deu tempo de bater a foto.

Com o alvoroço o dorminhoco acordou, colocou um chicote com 6 anzóis pequenos com isca artificial para pesca de Manjubas e começou a movimenta-la na água. Como estava pegando muitas Palombetas é normal cardumes de outros peixes, ele começou a tirar algumas sardinhas. O cardume estacionou debaixo da Balsa e ele foi tirando uma atrás da outra, tinha tirado em torno de 30 em menos de uma hora.
Até peguei três dessas na minha vara com camarões, junto com as Palombetas.


A noite chegou e o vento virou, começou a soprar de Oeste para Leste, vento quente que chegava a assar o rosto, o charuto saía da água quente, parecendo cosido. Minhas últimas esperanças foram embora, como o espada é de água fria, seria impossível achar algum por ali.

O cardume de sardinhas e palombetas de confirmavam também, pois não estariam sendo pescadas nas redondezas se estivessem sendo perseguidas por predadores.

Ficamos até a meia noite e nenhum sinal de peixe, para dizer que não, alguns anzóis de minha vara com camarão foram cortados, sinal de Baiacu, mas só ficou no sinal mesmo.

Como tinha muita expectativa com o dia, comprei quatro sacos de charuto congelados, usei apenas um, o resto retornou para casa congelado. Para fazer a desforra, de manhã junto com o churrasco do domingo, fiz uns charutos a Portuguesa, isto é, assados na brasa temperados apenas com sal fino e óleo com ervas, ficou muito bom.
  
Charuto as Portuguesa


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Pescaria na Praia do Tabuleiro - Barra Velha - SC

Em minha busca por lugares novos para pesca, neste final de semana acabei na praia do Tabuleiro (deveria ser chamada de praia das Palmeiras) em Barra Velha - SC. Está praia pode ser visto da BR 101 quando estamos em direção a Joinville \ Curitiba.

Praia das Palmeiras

Saí bem sedo e desta vez por volta das 06:30 já estava com a tralha montada e a primeira vara com a linha na água. Praia de ondas bem definidas com três níveis de arrebentação, água clara, areia mais plana que vai tendo sua profundidade aumentada gradativamente.

Mundo bonita com sua orla jardinada com palmeiras, acesso muito fácil, local para deixar o carro e sem muito movimentação de banhistas. Ao longe pude ver gradativamente a chegada de pescadores, até que pude ver tinham em torno de 4 pela praia a fora.

Desta vez, minha pretensão era pescar em todos os níveis de onda, para isto trouxe minha vara Super Cast de 4m Marines com Molinete XT-4000. Coloquei um arranque com três pernadas com anzóis 7 e chumbo 150g, arremessando atrás da ultima arrebentação (da praia para dentro do mar), ou seja, mais ao fundo possível.

A segunda vara que utilizo para pesca a Curta Distância, com duas pernadas com anzol 6 , chumbo 100g, posicionei  atrás da segunda arrebentação. E por ultimo minha varinha pequena, velha companheira de 20 anos, coloquei um chumbo 50g, três anzóis 5, joguei na espuminha. A intenção era não perder peixe e ter muita ação.

Minha ideia deu resultado, logo que inicio senti uns beliscões na vara a Curta Distância, recolhi mas perdi a puxada. A vara da Espuminha também deu sinal, recolhi e lá se foi uma isca, percebi que o negócio seria muito divertido. Quase que imediatamente recolocada a vara na água, a vara a Curta Distância deu novo sinal, dessa vez não perderia a puxa. Fisguei e trouxe o garoto para fora da água, um pequeno Baiacu Arara, fiquei contente pois ainda eram 6:50.

Recoloquei a vara em sua posição, verifiquei como estavam as demais, recolhi a vara maior e novamente novo sinal na vara de Curta Distância. Fisguei, recolhi e trouxe para a foto um roncador que engoliu o anzol, bati foto e cortei a linha devolvendo-o com o anzol prezo. Isto é uma coisa que pode ser feita quando se tem dúvida que pode ser tirado o anzol sem machucar o peixe, pode cortar a linha e devolve-lo, em poucos dias o mar se encarrega de retirar o anzol naturalmente.

Minha vara maior deu um sinal forte de peixe, fisguei e iniciei a briga, a linha foi de um lado para outro mas de repente parou, recolhi e fui observar o que ouve, o anzol empatado se soltou do suporte. Me aconteceu poucas vezes este fato, geralmente faço apenas um nó e coloco no suporte, ora de evoluir, então fiz um laço fechado e coloque por dentro do suporte, coisa do tipo que fazemos com a chumbada quando não possui grampo.

Recoloquei a vara em sua posição, mais ao fundo possível, olhei como estava as demais, troquei a isca da vara da espuminha e novamente um sinal agressivo. Desta fez dei uma fisgada somente para garantir, por que pelo escândalo e balé da linha de uma lado para outro da onda, sabia que tinha pegado o garoto, pelo movimento na onda pude deduzir de seria um Pampo ou um Paratí. Era um Paratí-barbado de tamanho grande para espécie, este peixe gosta de levar a linha na lateral da praia e brigar bastante, deu uma briga boa. Tirei ele da água, bati as fotos e fui para a soltura. Ao lavar a mão e olhar para a vara da espuminha pude ver os golpes frenéticos de ponta de vara, coisa bonita, pois a vara era muito mole (ação lenta), peguei ela na mão e dei uma fisgada, começou a briga, com uma vara destas um peixe de 10 cm parece o maior peixe do mundo.

Belo Paratí
Fui recolhendo, deixei a fricção bem frouxa e curti a briga, o danado levava linha e voltava para dentro da onda. Um belo Carapicú, deu trabalho (Curti a briga), que coisa mais gostosa dar uma chance para o peixe e deixar as coisas mais iguais.

Mais um pouco de ação na vara a Curta Distância, recolhi um anzol tinha sido cortado e o outro estava com um Baiacu Arara um pouco maior que o primeiro. O sol então chegou castigando e com ele o calor, era por volta das 08:30 e já estava com um calor destes, o dia vai ser de torar.

Tirei mais um Carapicú da vara na espuminha e comecei a desmontar a tralha, deixando a vara maior por ultimo para pegar "a saideira", um toque forte na ponta de vara, dei a fisgada, briguei um pouco e lá se foi mais um anzol cortada, a praia tem bastante Baiacus pelo jeito.

Gostei muito do local, praia muito boa para pesca, tranquila, sem muitos banhistas e movimentação, bastante ação das 06:30 as 09:00 foram 5 fisgadas perdidas, 6 capturas bem variadas. Voltei para casa devido ao calor mesmo, parei em um bar e comprei um refrigerante e uma outra garrafa de água, pois a que tinha levado tomei num gole só.

Ultimo do dia.

Praia estava com ondas bem claras.
Toda a orla possui palmeiras