domingo, 29 de julho de 2012

Influências de sabor na isca e sujeira nas ondas


Após ser obrigado a ir pescar por que minha esposa reclamou que estava rolando na cama, gente quase meio dia eram 7:00h, levantei e comecei a arrumar a tralha para pescar a manhã.

Estava curioso para sentir o desempenho de minha nova vara.  O Mar estava meio de resaca, não estava bravo mas como no dia anterior muita sujeira na água. Arrumei tudo, isquei e mandei para a água, a vara maior na primeira onda, minha vara menor na segunda onda, e lamentei por não ter trazido minha vara de ação lenta para coloca-la na espuma da onda.

Que dia lindo de inverso, chuvisco, frio e vento.

Aguardei e nada, tirei a isca, renovei e nada. Comecei a observar que a linha acabava ficando um varal de algas penduradas  a ponto de rebocar o chumbo para frente da praia, olha que era chumbo 100g. Vi que não ia ser nada fácil, continuei a esperar, troquei a isca, mais sujeira nos anzóis, nada, e assim foi um monte de nada até as 11:30h.

Dois fatores analisei que contribuíram para meu insucesso.

No dia anterior quando cheguei todo bobo, após lavar toda a tralha e deixar secar passei um pouco de desengripante, sabe desses que sempre acompanham propagandas de programas de pesca (WD40, WM, M1...), porem não tinha tirado os anzóis e meti brasa.

Acredito ter ficado cheiro nos anzóis, vai a dica, sempre coloque anzóis novos, até mesmo o gosto de ferrugem pode afastar o peixe.

O segundo foi a sujeira, vale a pena procurar um local onde as ondas não estão com algas, galhos ou coisas assim, nem sempre é bom ser teimoso, deve ser um teimoso racional, tem que analisar os fatos. 
   
Camarão Fresco cortado em filés.

sábado, 28 de julho de 2012

Estreando Nova Vara Super Cast e Molinete XT 4000 da Marine Sport


Como o dia dos pais já está quase ai, decidi antecipar meu presente e comprei uma vara de 3,65m para pesca na praia. Queria algo eficiente e que não fosse um exagero de caro, nada de coisa importada de fibra de sei lá o que, preferi marca já conhecida, optei por uma vara super cast da Marine Sport com um molinete XT4000 também da Marines.

Minhas Meninas comigo fazendo festa.

Cheguei a praia do Quilombo e o tempo não estava muito com boa cara, como choveu muito na semana no auto vale o mar estava com uma ressacazinha, dava para ver pela quantidade de galhos e folhas na areia, graça ao Bom Deus não era lixo apenas material orgânico.

Observei muita alga também dentro da água ao qual dava para ver os mantos marrons nas ondas. Bem, não podia deixar passar e coloquei a tralha na água, com a nova vara pude perceber que meus arremessos foram bem longos, sempre na primeira ondulação, era o que eu queria, na primeira ondulação da praia fica os maiores peixes. Algum tempo depois com as meninas brincando na areia, um chuvisco fino senti o telegrama, deu para sentir com clareza, segurei a vara confirmei com o dedo na linha e dei a fisgada. 

Muita chuva chegando.

Realmente com o molinete potente que estava não teve muita conversa para o Pampo que peguei, foi praticamente rebocado e olha que foi um dos maiores que peguei este ano. A tralha se saio muito bem.

Pampo estreando nova Vara e Molinete

Mais alguns puxões na linha, algumas fisgadas perdidas e minha esposa chega para levar as meninas para casa. Fiquei mais um pouco e a chuva foi chegando, não me importo muito com isto, pude ver a chuva se aproximar, peixes pulando ao longo da praia o que me animou. Sem esperar uma coisa me convenceu a ir embora, muitos relâmpagos, não sou um cara medroso, mas depois de muitos relâmpagos e trovões que pareciam estar dentro de seus ouvidos, ajuntei a tralha e corri para casa.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Locais de Pesca - Pesque e Pague Divisa - Blumenau - SC


Localizado na divisa entre os municípios Indaial e Blumenau, o Recanto Divisa Pesque e Pague, oferece alem de muito peixe para pescar, completo serviço de bar e cozinha, limpeza de peixes, churrasqueiras para aluguel atendendo de terça a domingo o ano inteiro.


Lagoa da chegada.


Possuem 4 lagoas para pescarias alimentadas com peixes da fazenda da família Belz sediada em Rodeio.O proprietário Adelberto e Renita Belz oferecem todo primeiro sábado do mês um torneio com varas de 7 metros na fazenda.



A lagoa maior está infestada de carpas no inverno e tilápias no verão, chegando a colocar para um final de semana até 3 toneladas de peixes. É só jogar a linha na água e trazer um peixão.

Restaurante atendendo as 8:00 as 22:00h de terça a domingo.

Vale a pena conferir, peguei em 30 minutos de pescaria 3 carpas de 2kg e um tilápia de 1kg, festa garantida.





Recanto Divisa Pesque e Pague (Blumenau)
Recanto Divisa Pesque Pague
Tel: (47) 3334-5083
Rua Nicolau Link, 210 - Passo Manso - Blumenau / SC


domingo, 22 de julho de 2012

História de Pescador - Pescaria na praia do Quilombo - Penha - SC


No outro dia não podia deixar por menos, enquanto  minhas mulheres dormem vou pescar. Combinei para elas me buscarem na praia quando acordassem.

Lado Direito da Praia do Quilombo

Ao chegar na praia observei mais uma vez que estava calma com marolinhas, pela minha breve experiência tava com cara de Pampo. Cometi o erro de deixar o chumbo de 100g na vara de ação lenta, deu uma cabeleira e lá se vai um conjunto para o mar.

Lado Direito da Praia do Quilombo

Tudo bem, prepara outro chicote, anzol, chumbada dessa vez de 50g, isca e arremessa. Putz! não observei que o molinete ficou travado e lá se vai outro conjunto para o mar. Mas que Cara atrapalhado!
Até pensei em deixar a vara desmontada, deixei ela no suporte durante alguns minutos, troquei a isca da outra vara e pensei, poxa não custa nada.

Arrumei a tralha com um anzol posterior ao chumbo, dessa vez de 40g, a intenção era pegar algumas betaras pois a maré estava crescente. Joguei na água, depois de algum tempo senti uma forte batida na vara, segurei e senti o tradicional telegrama, bem diferente de ondas, fisguei e senti o peso na vara, até parecia estar enroscada mas com alguns puxões senti que sedia. Será uma betara gigante? Continuei o reboque e o que vi não pude acreditar.

Mais sortudo foi o peixe do que o pescador.

O primeiro conjunto engatado no anzol e ainda por cima com um belo pampo fisgado. Uma bela história de pescador para contar, mostrei a um outro pescador próximo para ter testemunhas e ele comentou que viu o meu apuro. Depois pensei, acabei salvando o peixe, pois ficaria preso e morreria, agora não sei quem foi o mais sortudo eu o peixe.

Salvei o peixe e soltei ele para o marzão. Continuei minha pescaria, algumas beliscadas e logo minha família veio me buscar. Não vejo a hora de voltar.

O que aprendi nessa história toda: Chumbo pesado, vara leve acaba em final feliz só se tiver muita sorte.

Anzol com Anzol engatado.

Belo Pampinho Sortudo.

sábado, 21 de julho de 2012

Pescaria na Praia Grande - Penha - SC


Final de semana, inverno, temperatura amena, dia com todo o jeito de pescaria na praia.

Peguei a família e fui para casa de praia de meu pai em Penha-SC.  Sinceramente prefiro a praia no inverno do que no verão, é mais tranquila, natural, eu e o marzão todo.

Tinha intenção dessa vez de pescar em um lugar diferente, fomos conhecer a Praia Grande, uma das praias do município de penha, bem perto do famoso Beto Carreto.

Lado esquerdo da Praia Grande

A praia é muito linda, ondas fortes com um costão que fascina os olhos, bastante extensão de areia, com a característica de ondas forte demonstra que possui uma mudança de profundidade repentina.
Iniciei montando meus chicotes com três pernadas colocando uma chumbada de 50g, observei que não permanecia no lugar e acabava sendo arrastado para a frente. Com as meninas correndo e fazendo "se lé lê pi ce", não conseguia me concentrar e estava meio atrapalhado. Até que elas não resistem e acabam tomando um banho de polar a 16oC, minha esposa então decidiu leva-las para casa e voltar duas horas depois para me pegar - "Que ideia Maravilhosa". Não que não goste da presença delas, mas já que estavam molhadas mesmo poderia enquanto isto dar uma pescadinha.

Lado Direito da Praia Grande

Pude me concentrar na pescaria e mudei meus chumbos para 100g e com isto consegui fixar o conjunto e sentir as fisgadas. Claro que sabia que devido a possuir uma vara de ação lenta com linha 30mm o peso estava desproporcional, mas tentei arremessar sem fazer muita força no arranque, o objetivo desta vara era achar peixes na espuma.

Alguns minutos depois e a primeira puxada em minha vara de 2,5m, com o peso senti maior briga do peixe pois pelo visto estava utilizando a força contrária do peso a seu favor. Um pelo pampinho amarelo, que festa, que alegria, fisgado no anzol de baixo do conjunto.

Belo Pampo Amarelo.

Me animei e isquei novamente, tentando colocar a chumbada atrás das ondas. A tática deu certo e logo veio outro "Guri Querido", um pampinho menor mas não menos valente. Tira o peixe com cuidado, muitas fotos,  observa a qualidade da criatura e volta para o mar crescer para voltar para minha linha outro dia.

Outro Guri Querido.

Não demorou muito e minha esposa já estava me chamando, olhei para minha vara menor de ação lenta e estava beliscando, mas não deu tempo, ao tirar acho que acabei deixando escapar, fica para outra vez.

Volta para o Marzão.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pousada Kiriri-Ete - Urubici - SC

Construída sobre uma serra que representa muito bem o ambiente natural da Serra Catarinense, esta pousada marca saudade de qualquer que seja seu visitante. Simplesmente não tem como uma pessoa que procura descanso e tranquilidade não ficar satisfeito com tanta beleza.

Vista panorâmica da pousada.

Já na chegada você é recepcionado com muita satisfação, clima que proporciona um aconchego e vontade de ficar. A pousada Kiriri-Ete sem sombra de dúvida é uma das melhores pousadas da região, possui 14 suítes panorâmicas com uma vista de cair o queixo. Ampla estrutura de lazer, disponibilizando passeios a cavalo, gastronomia requintada, próximo a todos os atrativos da região.

Caminho pela pousada.

Possui três lagoas para pesque e solte dos hospedes com lambaris enormes, carpas, jundiás e traíras.
Enquanto a família curte o lugar, pode-se pescar a vontade em um ambiente natural serrano.

São daqueles lugares que com todas certeza você retornará em outra ocasião.

 Lagoa maior na entrada da pousada.

 Vista panorâmica da região.

 Mirante da Pousda.

Lagoa Socó

Lagoa Gralha.

Vista da pousada.

domingo, 15 de julho de 2012

Desenvolvendo técnica de Captura de Tilápias (Ela mesmo se fisga)

Neste final de semana, não sobrou tempo nem para fazer a coisa que mais gosto, pescar.
Muitos compromissos que me consumiram o sábado inteiro.

Como não tinha muito tempo, peguei uma sacola de pão e "fui tratar dos peixes rapidinho", fui na lagoa natural ao lado da casa de meu sogro. Meu objetivo era continuar o desenvolvimento de uma técnica de captura de tilápias, onde possa-se deixar a vara em uma secretária (Suporte de vara) e a própria tilápia se fisgue.

Tratando da peixarada, frio 13oC

Adquiri alguns suporte de varas muito prático, desmontáveis e que podem ser dobrados, mas a melhor característica é a flexibilidade, permitindo acompanhar a vara para frente gerando no final uma ação contrária ao movimento do peixe, o que proporcionará a fisgada.
Para isca utilizei pão, porem utilizando mais uma técnica inovadora, fiz uma massa de pão com água e lama da lagoa, "lama" !!! Isto mesmo, lama da lagoa, o peixe está acostumado no dia a dia a comer alimento com este gosto. A massa ficou muito boa, com liga e dureza resistente.

Sistema Isca pirâmide.

Próximo passo é desenvolver a forma de coloca-la.
O sistema é simples, não possui chumbo, nem boia, apenas um flexível pequeno de aço.
Utilizei uma garateia pequena, preenchendo cada ponto no sentido de formar uma pirâmide.
Suponho que em formato de pirâmide ao se depositar ao fundo do lago, sempre ficará uma fisga da garateia para cima. O objetivo é fazer que a própria tilápia se fisgue ao "mamar" a isca.
Como possui barra na massa o peixe não abocanhará a isca de uma só vez, pois tentará separar as migalhas de pão do barro da lagoa.

Sistema aguardando o peixe.

Então, o resultado: Espetacular!!!
Nem dava tempo, armava o sistema, tentava pescar utilizando Fly-Caipira com iscas porvinha, mas o peixe já se fisgava na sequência nas varas com o novo sistema.
O resultado foi tão bom que até mesmo exemplares menores foram capturados.

Pequeno Exemplar, achei muito bonito as nadadeiras todas perfeitas.

Claro que todos meus companheiros voltaram para a lagoa.
A única coisa insatisfatória foi que para promover um melhor resultado tive que utilizar garateias com a fisga o que machucou um pouco meus amigos.
Aconselho desta forma utilizar o sistema apenas em locais que se deseje levar o peixe para casa.

Maravilha de pescaria 30 minutos de pescaria = 6 tilápias.
Mais duas pequenas com Fly-Caipira com isca porvinha.

Só fiquei retirando o peixe.

Se pegou.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Peixes de Praia - Carapicús


Carapicús (Eucinostomus melanopterus)
ou escrivão, riscador e cacundo.



Características: Quando planejamos uma pescaria, geralmente vamos atrás dos tipos de peixes preferidos, principalmente dos grandes exemplares como grandes pampos, robalos e corvinas.
Porém, tem dias que eles não aparecem e dependendo da praia que estivermos, podemos encontrar uma grande diversidade de espécies que também nos oferece uma boa briga e diversão.

É o caso do Carapicú (Eucinostomus melanopterus), origina-se do nome em tupi akará pukú também conhecido como escrivão na região sul do país, peixe prateado brigador com cerca de 15 a 20cm e com a boca protrátil, que estende-se a frente em forma de tubo quando vai se alimentar, anda em cardumes a meia água, por isso se encontrarmos o cardume a alegria é certa!

Ao arremessar o conjunto é deixar a linha bem esticada que se tiver o cardume por ali, começa a festa, pode ocorrer do cardume estar bem ativo, assim, muitas vezes não dá nem tempo de colocarmos o caniço na espera, se a pescaria estiver nessas condições, é arremessar e vir recolhendo lentamente.

Parente do carapicu-açu, a espécie é muito comum no litoral do Rio de Janeiro. Os exemplares da espécie são, geralmente, pequenos, que raro ultrapassam 12 a 13 cm de comprimento e peso superior a 80g. Têm o corpo alongado e um pouco comprimido, com o focinho curto e a boca pequena, em forma de ventosa. Os olhos são grandes em relação ao corpo, bem redondos e vivos. A nadadeira dorsal tem a parte superior denegrida, com dois a três acúleos maiores, e a anal uma parte espinhosa moderadamente desenvolvida. Ela apresenta o segundo acúleo muito forte. As nadadeiras peitorais são falcadas e as ventrais pequenas. A caudal é bifurcada, pequena e nua, com pedúnculo caudal estreito. A nadadeira dorsal se estende até próximo da caudal o que lhe proporciona maior estabilidade. As escamas são moderadas, ciclóides e brilhantes, com coloração prateada. Uma peculiaridade é a linha lateral bem visível ao longo do corpo, aparentando ser um peixe de máxima sensibilidade.

Hábitos:
 A espécie realiza suas funções naturais quando a temperatura da água está por volta de 20 ºC a 26 ºC, faixa de temperatura de conforto térmico. É dentro dela que os peixes conseguem se alimentar, reproduzir e se desenvolver normalmente

Curiosidades:
 Os caparapicus são onívoros, pois sua dieta é composta tanto de alimentos de origem vegetal como de origem animal, mesmo que eles tenham uma visível preferência por carnes. Os exemplares atingem a maturidade sexual antes dos 15 meses de idade e preferem águas tropicais para desovar.

Onde encontrar:
 Podem ser vistos na maioria das vezes no Nordeste, mas em alguns casos são encontrados no restante do litoral brasileiro, geralmente em águas costeiras, onde as estruturas de pedra se juntam com fundos de areia. Habitam águas tropicais e temperadas quentes e costumam ficar na superfície, agrupados em grandes cardumes, permanecendo perto da costa. A espécie tem preferência por lugares próximos a estuários, praias, costeiras, na coluna d'água, perto de fundos de areia e cascalhos menos turbulentos. Vivem em água abertas em torno de ilhas e baías, e é bastante comum encontrá-los em praias de areia.

Dica para pescá-lo:
 O carapicu, com sua bela cor prateado-brilhante, chama a atenção dos pescadores. Para pescá-lo, deve-se usar material leve e iscas de camarão ou mariscos em pequenos pedaços. Além disso, por ser de pequeno porte, pode ser usado como isca natural para a captura de peixes maiores.


 Exemplar Capturado.


sábado, 7 de julho de 2012

Quem disse que carpa é bicho mole?


Hoje decidi visitar o Recanto Divisa, muito falado e indicado por um colega de trabalho que fez uma enorme propaganda do lugar após ter participado de uma festa de aniversário realizada nas dependências do restaurante do pesque e pague.

Após uma perdidinha básica, pedir informações encontrei uma placa encostada na parede de um bar, realmente é só encontrar a placa de limite entre os municípios Blumenau-SC e Indaial-SC e ficar de olho nas placas a esquerda sentido Indaial-SC.

Lagoa próximo ao restaurante.

O lugar vale a pena, possui em torno de 4 lagoas muito bem estruturadas, com bancos ao redor e direito até a secretário de varas (suporte para colocar as varas). Segundo funcionário do local, um senhor do interior muito esforçado e simpático, a alguns dias atrás foram colocadas 3 toneladas de carpas para um torneio e só saio 150kg, pensei vai ser aqui mesmo.

Só tinham 7 pescadores no local, meio desanimados, 16oC com chuvisco, parece que não estavam pegando nada, passei perto de uma dupla e perguntei - "Muita carpa?!!", a resposta foi na sequencia - "Vix, nem para remédio".

As varas preparadas.

Preparei a tralha, novamente utilizei a Super Massa Tradicional e comecei a preparar as "coxinhas nos chuveirinhos",  preparava cada isca e já arremessava para não perder tempo, mal arremessei a terceira vara e a primeira vara (uma de ação lenta com molinete leve, minha vara mais antiga) se vergou e cantou o maravilhoso som de linha sendo puxada do carretel - zixxxxxxxxx - peguei a vara e dei uma fisgada, o "guri querido" pesou na vara, fiquei por uns 10 minutos sem saber o que estava na ponta da linha, vai para um lado, vai para outro e leva linha para o centro da lagoa, adoro quando fazem isto, novamente fui recolhendo e trazendo o "Guri" para a margem, pelo "extrafego"  era grande, um colega ao lado correu pegar um puça, mas fui trazendo para a margem quando reboquei o bicho para fora. Um carpa prateada de 2kg, começou bem.

Carpa Espelhada 2kg.

Tira foto, lava a mão, vai para o saco, neste local infelizmente o peixe não tem chance se for capturado vai pra mesa, lavei a mão e a segunda vara (minha menor vara de 1,3m com micro molinete) fica praticamente reta pois dessa vez foi o suporte que aguentou o tranco. Uma nova briga começa com a outra vara ainda largada no chão, dessa vez o bicho parecia mais manso, logo se entregou, era uma carpa Hungará, quando tento tira-la da água ela decide brigar mais um pouco e leva linha, "guria querida", vai para um lado, vai para outro e lá vem para fora da água, tira foto, vai para o saco.

Bela Tilápia de 1 kg.

Notei que os demais pescadores estavam ficando indignados, pois pelo visto não tinham pegado nada e eu só estava pescando a 30 minutos. Arrumei as varas, tento tirar minha vara maior que estava preparada para carpa cabeçuda da água, sou obrigado a joga-la no chão, mais uma briga em minha vara menor, uma tilápia de 1kg. Escutei o comentário: - "Mas não é possível!!".

Armei a vara novamente e fui recolher minha vara maior que estava no chão, novamente o barulho mágico - zixxxxxxx, zixxxxxxx!!!! Nova fisgada, agora mais relaxado você até começa a puxar o peixe com desleixo. Mas o "guri" era brigador, legou linha e não queria se integrar, igual as demais, algumas rabanadas para fora d´agua, leva linha, 15 minutos depois, arrisquei tirar o bicho da água, uma carpa espelho de 2,5kg. Maravilha minha cota estava completa, tinha peixe para fazer filé e um exemplar para assar a noite.

Carpa Hungara de 2 kg.

Bem o jeito foi arrumar tudo e ir se arrumando para ir embora, levei o peixe para ser limpo e voltei para buscar minha tralha sendo observado por todos com bocas abertas. Gente as vezes é a isca que está errada somadas a um pouco de técnica errada não dá peixe.

Faceiro com Carpa Prateada de 2,5kg.

Fui então convidado para participar de um torneio de pesca em Rodeio na sede da fazenda do pesque e pague. Peguei o cartão e vamos ver se uma hora eu visito o local para contar mais uma estória de pescador.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Peixes Exóticos - Truta Arco-Íris


Nome popular:Truta Arco-Íris
Nome científico:  Oncorhynchus mykis


          
A truta é um peixe da família do salmão. A variedade Arco-Íris é originária das águas puras dos rios das montanhas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e Alaska). Na Europa sua melhor adaptação se deu nos rios dos Alpes e dos Pirineus. Na América do Sul adaptou-se bem nos Andes e nas serras brasileiras, onde foi introduzida em 1949, com ovos trazidos da Dinamarca. São encontradas nas serras de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

“As primeiras notícias sobre a introdução da truta arco-íris no Brasil, datam de 1949, quando o Ministério da Agricultura, através do engenheiro agrônomo Ascanio de Faria, importou ovos embrionados da Dinamarca colocando-os nas nascentes dos altiplanos da Serra da Bocaina, no estado de São Paulo, quase divisa com o Rio de Janeiro; que a literatura especializada na pesca esportiva parece ter esquecido de mencionar.”  OLIVEIRA, Luiz Felipe Daudt, 2004 - TRUTA DA FLORESTA TROPICAL - A Floresta Tropical Desempenha o seu papel

É um peixe de escamas; alongado e um pouco comprimido. A coloração do dorso varia do castanho para esverdeado, as laterais são acinzentadas e o ventre esbranquiçado. Apresenta pintas escuras espalhadas pelo corpo e nadadeiras. Alcança até 60cm de comprimento total e 2kg. Com 30 centímetros e 250 gramas, apresenta a condição ideal de consistência e sabor para o consumo.

Peixe exigente, só atinge o tamanho e o vigor necessário em ambientes saudáveis, com água pura, bem oxigenada, de baixa temperatura (entre 13 e 17 graus C), cristalina e corrente. Por isso a truta é um dos poucos peixes cujo consumo pode ser feito sem o risco de contaminação. É carnívoro e alimenta-se de outros peixes e insetos.

“No habitat natural são encontradas em poços, piscinas, áreas abaixo de cachoeiras, galhadas, pedras submersas, ou qualquer outro lugar capaz de prover-lhe refúgio e alimentação. Vivem entre cinco e sete anos, sendo que seu desenvolvimento depende diretamente das condições do meio que habita, em especial, da disponibilidade alimentar. Trutas residentes em lagos ricos em alimentação tendem a ser maiores que as de rios.”

“Para justificar o nome, a truta arco-íris pode assumir diversificada gama de cores e tonalidades, que variam de acordo com o ambiente, o tamanho e a maturidade sexual. O dorso e a parte superior do é escura, oscilando entre verde oliva e azul escuro; lateral em tons de prata, amarelo palha ou verde, e a barriga é branca. Exibem ainda uma faixa lateral vermelho-rósea, e um número variável de pontos pretos ao longo do corpo.”

“Tais características fazem com que esta espécie seja procurada por pescadores do mundo inteiro, os quais partem para regiões remotas do planeta, como o Alasca, Chile ou a Patagônia, em busca desse verdadeiro troféu. Aliás, sua fama de peixe esportivo é secular, pois foi ela quem inspirou o homem a desenvolver a pesca com iscas artificiais, sobretudo com moscas, as quais eram atadas unicamente com a finalidade de capturá-las”. (Fonte: Revista Troféu Pesca – TP 250)

Esta espécie geralmente é pescada através do sistema de Fly fishing ou chamado pesca com moscas, logo pode ser capturada facilmente com o sistema de Fly Caipira. 
Como habita rios que costumam ter pedras e corredeiras, deve-se no Fly Caipira tomar cuidado para não quebrar as boias de arremesso jogando-as sobre as pedras, o que torna a pescaria ainda mais técnica.

Exemplar Capturado.

domingo, 1 de julho de 2012

Pegando peixe com a mão (Bom Jardim da Serra - SC)

No outro dia após uma noite maravilhosa na  Pousada Kiriri-Ete acordar com aquela vista maravilhosa do quarto, foi algo realmente angelical, parecia estar no céu, sem barulho, tudo muito tranquilo em paz.
Tomamos um café de rei e fomos para um passeio de cavalo, todos acharam muito divertido.
Arrumamos tudo e fomos para a Serra do Rio do Rastro no município de Bom Jardim da Serra, antes paramos em uma churrascaria chamada Churrasco da Serra, outro lugar paradisíaco, um churrascaria ao lado de um rio extremamente limpo, com água cristalina que se debruçava sobre uma cachoeira magnífica.


A água parecia correr sem preça.


A água parecia correr devagarinho sem pressa de passar.
Ao terminarmos o almoço fui até o rio dar uma olhada de perto, um rio tão belo não poderia ser morto, deveria possuir alguns habitantes aquáticos.
Olhando em um primeiro momento não se via nada, mas com olhos atentos de um pescador logo percebi alguns cascudos da pedra passeando e se escondendo nas pedras. 


Habitantes das pedras e águas frias.

Não poderia deixar meu extinto de lado, tinha que pescar estas criaturas.
Como não tinha equipamento para pega-los, vai com mão mesmo, após algumas tentativas consegui pegar um belo exemplar para foto.

Um cascudo de águas frias.

Logo após as fotos soltamos o nosso amigo para seu rio tranquilo e frio.
Embora não estar muito frio, em torno de 22oC a água estava muito fria em trono de 15oC.
Estes habitantes do rio suportam águas quase em 0oC, quando alguns locais com menos movimento de água  até se congelam. Que lugar maravilhoso recomendo a todos.

Cachoeiras e mirantes fazem parte do roteiro
Neste rio a água cai sem preocupação.