domingo, 22 de junho de 2014

Assistindo a Festas dos Peixes Espadas

Pensaram que tinha desistido?
Não, nada isto, falta de oportunidade, o mal tempo me deixou meio de molho, com muita ansiedade e vontade de praticar este esporte maravilhoso.

Neste domingo mesmo com mal tempo, temperaturas mais baixas, frio, chuvisco e muita preguiça, não teve jeito, peguei milha tralha e fui para praia.

Acordei sedo, fiz o café e já as 8:00 horas estava armando meus equipamentos na beira da praia.
O tempo não estava com cara de bons amigos, quando não chovia mesmo, estava caindo uma garoa fina de congelar qualquer urso polar. Na praia por incrível que pareça não tinha muito vento, estava com cara daquelas praias polares em dia de verão, quando ocorre o degelo mas continua frio.

Praia com cara de inverno


Costumo dizer que no inverso a praia fica com um aspecto natural, muita madeira na areia, muitas conchas na areia, ondas mais lentas. Claro que devido as fortes chuvas que ocorreram nos últimos tempos, causando até cheias em algumas cidades no sul, não era para esperar a praia limpa.

No dia anterior, passei em uma loja de material de pesca e encontrei ainda alguns pacotes de minhoca da areia congelada, uma verdadeira raridade, porem o preço também estava tão salgada quanto a água do mar.

Peguei só um pacote e fiquei na expectativa para o dia seguinte, deixei descongelar naturalmente, pois logo sedo estaria pescando.

Já de inicio no primeiro arremesso fui surpreendido por uma bela puxada, fisguei e reboquei um pelo Pampo Galhado, que veio levando a linha de um lado para o outro na onda.

Coisa linda mesmo. Bati a foto e tentei tira-lo do anzol, o danado veio com tanta força na isca que engoliu o anzol, não tinha jeito, como estava com anzol especial e auto-degradável, cortei a linha e soltei o bicho.

Comecei a observar nas ondas enquanto arrumava o equipamento o festival de espadas saltando nas ondas atras de prezas. Há meu equipamento de espada - mas quem é que vai adivinhar uma coisas dessas. Terei alguns concorrentes hoje.

Arrumei a isca e mandei para o marzão. Verifiquei como estava minha vara maior (supercast de 3,80), continuei observado a festa dos espadas e novamente em minha vara para pesca a curta distância deu um vigoroso puxão, "parecia que estava tentando arrancar a ponta da vara".
Novamente um outro Pampo Galhado de tamanho um pouco menor.
Mesmo ritual, tirei a foto, soltei o bicho e pude ver de perto na onda uma espada surfando feito louca. Que visão mais linda - Há meu equipamento.

Depois de algum tempo, senti nova fisgada, trouxe um pequeno bagre. Dei um tempo e nova visgada, parecia muito pequeno, não dei muita importância, não demorou muito nova fisgada. Pensei neste momento que iria tirar um trio de bagrinhos, mas não demorou muito e uma enorme fisgada é dada, quase arrancando a vara do suporte.

Meu coração foi a mil, figuei com força e senti o peso por alguns segundos, fui recolhendo linha, mas percebi que já tinha perdido o troféu. Retirei da água, para minha surpresa, um pequeno bagre e a cabeça de outro, parecia que foi utilizado como isca. Este não teve sorte, virou comida de peixe Espada.

Bagre virou isca de espada
Começou a cair uma chuva mais forte, comecei a ficar com muito frio, estava sem uma roupa impremiável, olhei para o relógio e já estava na hora de voltar, 11:00 horas.
Cheguei em casa com muita história para contar.