sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Conhecendo o Rio Uruguay

Rio Uruguay

Neste final de ano, mesmo um pouco debilitado com minha coluna, minha filha e meu genro me convenceram em fazer uma viagem de carro, 900km em direção a divisa do rio grande do sul e argentina. Na verdade fomos passar o final de ano com seus pais, nossos amigos em sua casa de campo as margens do rio Uruguai.

Um belíssimo lugar, muita natureza, tranquilidade e harmonia com a natureza. Recentemente este paraíso foi castigado pela maior enchente nos últimos 35 anos. Muitas casas do Balneário foram destruídas, e inacreditavelmente esta casa de campo ficou debaixo da água. Ela é de dois andares no estilo cabana americana em um lugar elevado. Foi muita água mesmo, arrasou a região e praticamente sumiu com os peixes.

Mas como estava em um lugar que convida a pesca, não pude deixar de tentar alguma coisa, levei duas varas comigo na viajem, minha estimada vara de briga de carbono maciça, equipada com um molinete com 6 rolamentos padrão XT 4000 com linha 60. E uma vara ultra-lighit para pesca com isca artificial e Fly-Caipira.

Iniciei com a pescaria com minhocas com chumbada maior e um bom empate de aço de 30cm. Fazia um bom "engodo" de minhocas e colocava ao fundo na corredeira na esperança de pegar um belo surubim.

O Rio uruguai estava muito alto, e contendo muitas galhadas e enrosco trazidos  com a água, estava difícil de pescar. Neste cenário o enrosco era quase que constante e para não perder o material acabai desenvolvendo uma técnica de retirada que quero compartilhar.

DICA: Como retirar anzol ou chumbada de enrosco em rio de corredeira.
Quando perceber que a linha ficou presa em rios de corredeira faça o seguinte. Não force muito para não fincar o anzol ainda mais, ou prender outras partes do arranque em outros enrosco.  Solte linha do molinete e deixe que a corredeira leva a linha, cuide para não enroscar a linha em outros materiais que venham flutuando na água. Depois de ter soltado em torno de 10 a 15 metros de linha, prenda o molinete e como se estive-se dando uma boa fisgada, puxe a vara com força.

Este movimento fará força contrária a posição do material enroscado, lembrando que a linha deve ter com a correnteza passado a frente deste local, com a puxada e ação da água o movimento acaba puxando a linha no sentido contrário. Como um ponto de interrogação, onde o pescador está na posição do ponto e anzol na ponta da interrogação.

Funciona muito bem é quase infalível, quando a chumbada enrosca nas pedras e quando o anzol apenas ficou preso em alguma galhada. Obviamente não sendo válido no caso de enrolar a linha em galhos. A mesma técnica pode ser aplicada em pescarias em costões de pedras onde geralmente a chumbada se prende entre as pedras.

CONTINUANDO:
Muito bem vou voltar a minha pescaria. Tentamos por três vezes a pescaria, e realmente estava muito ruim. Não passou de alguns poucos cabeças-chatas como chamam um tipo de bagre branco quase prateado, eu conheço como Dourada. E acho que é possível encontra-lo também na bacia amazônica. Alguns chamam de jundiá-cabeça chata, outros de mandi branco.

Os peixes eram pequenos, nada maior de 25cm , eu devo ter fisgado em torno de uns 5 exemplares destes. Meu parceiro de pesca, (o Pai de meu Genro) capturou o verdadeiro Mandi que ele chama de pintadinho, deveria ter uns 30 cm.

O sol e a unidade na barranca do rio estava muito forte, eu chegava a passar mal e a vontade era se jogar no rio. Na ultima pescaria tentei com isca artificial por ter visto a ação de alguns dourados no dia anterior na superfície da água. Arremessei até meu braço doer, utilizei todas as iscas de superfície, mas não tive sucesso. Estava pescando de teimoso, pois  para este tipo de pesca deveria estar embarcado e tentar em vários locais, a produtividade é muito baixa pescando em um local fixo para pegar este tipo de exemplar.


Mas valeu este contato magnífico com este rio maravilhoso, me fez sonhar em fazer uma pescaria na Argentina, bem programada em hotéis especializados em pesca.  

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