domingo, 26 de janeiro de 2014

Pescaria a Curta Distância II.

Uma coisa que pescador possui em suas características é a persistência, alguns aumentando este  nível até chegar a teimosia mesmo. Acho que já estou quase neste nível.

Com água no joelho
Não se conformando com o resultado da ultima pescaria a Curta Distância que fiz que me fez perder duas vezes o material e com ele dois prováveis Carapucus, voltei neste final de semana na mesma praia e no mesmo ponto. Desta vez acordei mais sedo e deixei a preguiça herdada das últimas férias e já as 7:00 horas da manhã estava com a tralha na água.

Preparei uma vara especial para a pescaria a Curta Distância, de ação rápida de 3 metros, linha 20 mm, com chicote de duas pernadas, utilizei anzol pequeno de número 6 e chumbada de 60 gramas. Estava iscando com filé de camarão e como o anzol é muito pequeno, mesmo não gostando muito, tive que utilizar elástico para amara-lo.

Água Turva - Caldo de Cana
Uma vara, um pescador com água até o joelho e muita vontade de acertar desta vez nesta revanche. A água estava meio turva ainda, mas sabia que depois que a maré inicia-se o préia-mar iria melhora.
Não demorou muito para sentir o primeiro cutucão, bem sutíl, fui recolhendo a linha e verificando até ter certeza, deveria ser  um bem pequeno. Um pequeno bagre banco veio me dar o primeiro sinal.

Uma das emoções deste tipo de pescaria é que ocorre maior ação, pois como se está com a vara em punho, não se perde nenhuma fisgada. Alem do maior contato com a água, pois se acabamos tendo a tendência de entrar até o joelho na água, podemos apreciar melhor o local, ver peixes surfando nas ondas ou pulando delas.

Iniciou-se por volta das 8:00 uma chuva que começou a limpar a água, mudando de caldo de cana para limonada. Era exatamente o que estava esperando, uma que aumentaria a variedade de espécies, outra por que não  teria muita gente na praia.

Assim que a chuva parou, já senti um toque forte na linha, "TUMMM", maravilha lá veio o primeiro Carapucu. Acertei mais uma, pude vê-lo surfando ao ser trazido para a areia. Não era tão grande quanto o que peguei na semana passada mas muito brigador, levou a linha de um lado para outro com direito até a um saltinho.

Um dos inconvenientes que se tem ao pescar com anzol muito pequeno, no caso o de número 6, é que o peixe tem a tendência de engolir. Faço o seguinte, amasso com cuidado a fisga e quando vejo que não vai dar para remover, corto a linha perto da boca e deixo assim. Com alguns dias o mar se encarrega de soltar o anzol sozinho.

Deixei meu amigo se recuperar e soltei ele que saiu feito um foguete de volta para a água.

Já estava ficando feliz com o resultado, então tive um ciclo de anzol perdido que se soltou do rotador e um cortado por baiacu quando nova batida, dessa vez mais sutil, outro bagrinho?!!! Nada disto, um peixe que peguei muito poucas vezes que até brigou um pouco ao chegar mais próximo ao raso, um Roncador muito bonito. Uma característica deste peixe é que sempre acaba engolindo o anzol, mas consegui sem muitos danos tira o anzol, da mesma forma que o Carapicu, deixei ele se recuperar e soltei que saiu nadando calmamente.

A maré estava mudando e o canal ainda não estava bem definido, até que estabilizou e pude novamente localiza-lo. Observei em certa onda dois peixes de mais de trinta centímetros surfando, pelo formato me pareceu uma tainhota ou um Ubuarama-rato. Também ocorreu de ver um Carapicu dar um salto sobre a onda.

Ótimo sinal, pois não existe melhor sinal do que ver peixes na água. Após esta bela visão apareceu mais um Carapicu para me fazer companhia, sua fisgada foi a mesma, parece um cartão de visitas, um único toque e bem forte. Este até se machucou um pouco pois engoliu o anzol, neste caso não arrisquei e cortei a linha, soltei ele que voltou apreçado para as ondas.

Um Roncador

Minha esposa então apareceu na praia para me fazer companhia, já passava das 9:00horas. Conversamos um pouco e então peguei mais um pequeno bagre para fechar por hoje.

Gostei muito desta pescaria, pois já fazia tempo que não dava atenção para este tipo de pesca, geralmente acabamos por nos dedicar pelas que trazem os maiores exemplares, dispensando a maior quantidade de ação. Uma das coisas que posso dizer é a maior variedade de espécies que se pega desta forma.

Pesquei apenas com uma única verá, com chicote de dois anzóis e peguei mais peixes comparado outras pescarias com duas varas de arremesso com três anzóis.

Quero tentar da próxima vez pescar com os três níveis, uma vara de arremesso para a segunda arrebentação, uma a curta distância e uma na espuminha para os Pampinhos, para isto tenho que aguardar o dia certo no local certo.


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