sábado, 8 de junho de 2013

Dia lindo de Outono, Noite fria Polar

Saímos eu e meu parceiro de pescaria Sr. Nelson já as 13:30 horas, tínhamos pretensão de pescar uns peixinhos "fundiado" antes de pegar as espadas. O dia prometida, outros amigos estiveram na terça e na quinta e pegaram alguns exemplares de dar inveja.

Dia lindo, sem nuvens, sol típico de outono.

Ao chegar na praia do trapiche o dia estava lindo, sem nenhuma nuvem, sol típico da época, sem ondas o mar estava com a água muito limpa, bem verde dava para ver vários metros ao fundo.

Preparamos toda a tralha, colocamos as varas no assistente e lá pelas 15:00 horas o tempo virou, realmente o mar é algo imprevisível, começou a bater um vento sul muito frio e forte.

Tudo muito calmo, só pescadores.
Nos preparamos instalando algumas lonas na parte do vento, dava para "arrepiar até o cabelo do céu da boca". Começamos a ficar com dúvida e torcer para que o vento não trazer uma tempestade. A previsão foi instantânea entre nós - "Vai se repetir a mesma coisa que da vez passada".

Armei uma de minhas varas com anzol utilizando mariscos como isca, pretendia pegar algum peixe diferente.  Pelas 16:00 horas, logo após chegar nossos companheiros  Marcio e Sr. Adilson, minha vara combat começa a dar sinal de bicho na linha. Dei uma fisgada sutil e senti o peso, o guri não brigou muito, reboquei para fora. Um Michole-da-Areia ( como conheço por aqui) um peixinho muito bonito, lembra um pouco um Black-bass, boca grande com serrilhas como dente. Mostrei para o Sr. Nelson que não conhecia o peixe (Não é pescador de praia), tirei algumas fotos e soltei o guri que foi contente para o fundo.
Maré estava um tapete

Realmente o tempo estava maluco, este peixe aparece geralmente em locais com pedras em encostas de praias, acredito que ele foi trazido pela correnteza que ventava do continente para o mar.

Mais algum tempo, acredito que em torno de meia hora, mais um sinal de peixe, agora na vara que estava iscada com rabo de charuto, fisguei e senti o peso, era um peixe maior, mas devido a pouca briga sabia  cantei a bola dizendo que era um bagre. Dito e feito, um bagre preto de tamanho bom, uns 40 Centímetros, bicho de sorte, veio no anzol certo, se cair no anzol do Sr.Nelson, com este tamanho, vira um frito.

Tirei algumas fotos e soltei o bagrinho na água que desceu feito uma bala para o fundo. Pouco depois o Sr. Adilson pegou um "canivetinho", mesmo dizendo que estava abaixo da cota ele deixou embarcado (Pescador velho sem consciência) .

Antes de iniciar o vento

Estava anoitecendo e o vento aumentando, já tinha colocado todos meus casacos e calças (4 casacos e duas calças), o vento queimava o rosto, os lábios doíam, felizmente possuo certa resistência ao frio, mas os demais dava para ver tremer.

Sr. Nelson pegou um escada, Marcio também, esses de tamanho médio (Acima de 75cm). Sr. Adilson pegou mais dois, agora de tamanho certo, só faltava eu iniciar. Observei que as espadas estavam bem manhosas, mordiscando a isca sem pegar com força. Comecei então a dar um pouco de ação a isca, recolhendo e soltando a isca de vez em quando. A técnica deu resultado, logo vi o led ser legado, esperei um pouco e dei um pequeno puxão, só para fisgar. Veio então a primeira espada, era um pouco maior que a dos demais, mas já passava das 20:00 horas.

Michole da Areia

Mais uma hora de calmaria e nova ação, praticamente cada um pegou mais uma espada. Sr. Adilson estava pescando com 5 varas e conseguiu uma produção maior, porem eram todas pequenas.

Ventou Sul começou a bater
Já eram 22:00 horas e o placar estava, Eu, Sr. Nelson o Marcio 2 espadas cada um, Sr. Adilson 5 espadas, duas de tamanho acima de 75 cm. 
Muito ruim, cantei a bola para o Sr. Nelson que ficaríamos no máximo até a meia noite, o panorama não iria mudar, o frio estava realmente judiando a gente, o correto seria estar com aqueles macacões que o pessoal do seriado Pesca Mortal usa (Discovery - mostra pesca do caranguejo do ártico).

Deu tempo para pegar mais uma e assistir uma doida tentar pegar o meu pé, como estava com a botina apoiada da beirada da balsa uma espada pulou da água em direção ao meu pé e caiu dentro da balsa. Sei  que você deve estar pensando - Estória de Pescador, mas foi isto mesmo que aconteceu, era pequena abaixo do tamanho, peguei a danada com cuidado para não me morder e soltei - Valeu o Show.

Troféu do dia - Maior Peixe

Pela meia noite arrumamos tudo e voltamos, pensava apenas em tomar um bom banho quente e tomar um chocolate quente.


Resultado da Pescaria
Resultado: Eu, Sr Nelson e Marcio com três Espadas Embarcadas, Sr. Adilson com 2 de tamanho padrão e 4 com tamanho pequeno "Canivete". 

O Marcio pegou também uma tartaruga-de-pente que estava enleada em uma rede de pesca (Conseguimos tirar a rede e solta-la) e duas moreias.

Não poço esquecer do michole e o bagre que pelo menos me deram um pouco de ação.


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