Nascer do sol |
Neste final de semana queria voltar a meu ritmo normal de
pesca, acordei as 6:00h de sábado, peguei minha tralha que já tinha deixado
preparada na sexta a noite e me mandei para a praia. Sabia que poderia até ter
o privilégio de assistir o nascer do sol e observar o dia acordar devagarzinho
a beira mar. Pouquíssimas pessoas, somente alguns pescadores foram chegando
logo após eu fixar minhas secretárias e um ou outro caminhante de praia.
A maré estava completando o ciclo de alagamento e iniciando
o ciclo de vazante, mas pescador que sou "mais vale um dia de pesca com
chuva do que um dia de sol no trabalho", vamos lá, pensei em compensar com
uma boa isca, varas em várias posições e muita vontade de capturar peixes.
Ao meu lado mais adiante, estava um casal novo, um rapaz com uma vara menor, via que não estava
preparado a pesca de praia com uma vara para pesca no máximo a curta distância.
Tentando pegar alguma coisa e ensinando sua esposa ou namorada a tentar arremessar
e aprender a pescar. Boa técnica, se o casal cria gosto pelo hobby, um será o
companheiro de pesca do outro, o que pode lhe render ótimos momentos juntos e
estreitar ainda mais a relação do casal.
Arremessei minha vara longa (Versus 3900T) com duas pernadas
e fui iscar minha vara menor para pesca a curta distância. Logo que coloquei a
linha no primeiro canal o rapaz me interrompeu todo sem graça, "Bom dia, o
senhor sabe se tem uma loja de material de pesca aqui por perto",
perguntei a ele o que ouve, tinha perdido a chumbada. Até sei por que, mas isto
vou deixar para falar em outro post. Orientei a ele onde tinha uma loja e
ofereci a emprestar uma chumbada para ele. O Garoto saiu faceiro continuar sua
pesca e disse que devolveria quando fosse embora.
Olhei minha vara maior e notei batidas de ponta de vara. Fisguei
para confirmar e senti o peso, comecei a recolher a sobra da linha que era
formada por levantar a vara e a puxada ficou estranha, parecia um zig e zag
meio sem forma, pesado e atrapalhado. "Acho que é um duble", mas não
pareciam peixes muito grandes. Dito e feito um duble de pequenos bagres,
"Hia-Hia estava me presenteando".
Bati a foto rápido pois minha vara a curta distância estava
dando sinal, fisguei mas não veio nada, o camarão estava todo mordiscado, sinal
de pequenos peixes ou siri. Isquei as varas e coloquei na mesma distância só
que em posições diferentes.
Quase após o arremesso da vara maior, uma fisgada, fui
recolhendo e de repente o peso aumentou e ficou ainda mais louco, fui
recolhendo e pude ver mais um duble, dois bagres que tamanho bom. Bati a foto rapidamente, soltei os garotos e
fui ajudar a outra vara que estava louca pulando na secretária. Fisguei e fui
recolhendo, pelo tipo de briga de puxar e se fixar era outro bagre. Dito e
feito, um outro bagre com inveja da dupla, veio bater foto.
Maravilha pura, em menos de 15 minutos de pesca efetiva,
muita ação e 5 peixes. Depois disto, iniciou-se um ritual infinito de trocar a
isca, bateu a sirizada que não deu trégua, mudei a vara para todas as posições,
a maré está em seu estado mais vazante e pelo sinal de siris não tinha peixe no
local.
O jeito foi aguardar o ciclo retornar e ver se pegava mais
alguma coisa, observando o nascer do sol magnífico a minha frente e a
quantidade de caminhantes que foi aparecendo. Na areia ocorre também um ciclo
humano, inicia pelos pescadores, depois pelos caminhantes, depois aparece os
bombeiros colocando bandeiras e logo após os banhistas. Quando chega o ultimo
ciclo é hora de começar a pensar em ir embora, por que mesmo a praia toda
deserta os banhistas sempre insistem em se banhar próxima as varas o que é um
risco enorme para o pescador.
Antes de ir embora o rapaz veio até mim e me devolveu a
chumbada, sintático perguntou, "pegou alguma coisa ?", mostrei a ele
as fotos, ficou admirado pois tinha pegado apenas um pequeno bagrinho. Mas é
assim "de bagrinho em bagrinho é que se pega um Pampão".
Hora de voltar, 9:30h fui recolhendo meu material e para
terminar bem, um pampinho veio na vara a curta distância, nem quis bater foto,
se soltou do anzol quando fui pega-lo e voltou para o marzão rebolando a toda.
Maravilha de pescaria, agora é voltar para casa e domar um
segundo café.
Esta foto bati sem querer mas ficou linda |
Meu caro amigo se comunicou comigo via E-mail.
ResponderExcluirNa verdade tratava-se de sua irmã e ele estava lhe dando umas dicas sobre pesca.
Segundo ele, pegou dois bagres e um Pampinho.
Como digo "Acrescente um dia a mais em sua vida, faça uma boa pescaria".