Vista do Mirante do Taquaras
Não via a hora de poder fazer uma pescaria nesta praia. A praia Taquaras é uma praia de tombo, areia grossa que não é própria para banhistas, isto muito me agrada, pois tirando algum surfista não seria importunado. Estava próximo a praia do estaleiro e não poderia perder esta chance, saí logo depois das 12:00, mas tardar 13:00h já estava na areia. O tempo não estava muito amigável com chuvisco quase o dia todo, mas para minha surpresa tirando as nuvens feias na praia não estava chovendo.
Vista do Lago Esquerdo com grandes pedras
Lago Direito com ondas de algodão
Devido as grandes ondas chega-se a ver uma espécie de nuvem que subia pela areia, é uma visão do céu.
Armei minha vara Super Cast de 3,5m com Molinete XT4000 nas terceiras ondas contando da areia, minha vara menor de 2,5m posicionei na segunda quebra. Tinha que saber onde estava o peixe, embora me parece que devido as fortes ondas que quebravam logo na areia os peixes estariam mesmo na espuma.
Fiquei deste modo por 1 hora, trocava as iscas e nenhum movimento. Observei que tirava a isca sem ser mexida pelos peixes, chegando a ficar esponjosa de ficar na água. Hora de mudar a tática, coloquei pedaços menores no anzol e arremessei de forma lateral na praia, de modo a minha vara ficar posicionada entre a segunda onda e a espuma. De tempo em tempo, dava uma enrolada de linha, o tradicional "curico" aproveitando a quantidade de linha levada pelo longo arremesso.
Pampo Malhado
Já no segundo arremesso uma primeira puxada frenética, fisguei o bicho e fui trazendo para perto. Como a linha estava longe deu a impressão que era um peixe maior, mas sabia que isto era apenas devido a ação das ondas sobre a linha e o peixe. Um Pampo malhado veio tirar uma foto, estava bem fisgado, com cuidado devolvi para o mar de onde veio.
Isquei da mesma forma e continuei com a mesma estratégia, logo apos dar a primeira curicada, senti um puxão sutil na ponta da vara, observei melhor e percebi que era um peixe, fisguei e o bicho respondeu levando a linha para o outro lada. Um Parati barbado pequeno mas valente foi rebocado com rapidez para a areia, tirei foto e devolvi para a água.
Estava começando a chuviscar e as nuvens estavam ficando cada vez mais feias, estava ficando preocupado com relâmpagos que nunca devem ser depressados, em uma praia com uma vara apontada para cima sua possibilidade de ganhar um raio é muito maior.
Desta vez joguei a tralha mais perto de mim, bem na minha frente mas entre a espuma e a segunda quebra de onda. Não demorou muito para um peixe forte dar uma boa puxada de vara, dessa vez sabia que era um peixe maior, fisguei e senti o guri brigar com meu equipamento, na onda já pude ver a cor esverdeada que não deixa dúvida, era uma Baiacu Arara.
Baiacu-Arara valente e bravo.
Não era o dos mais grandes que já pequei, mas deveria ter umas 800g, eta bicho brigão, alem de se encher todo para ficar maior na onda, tinha a rosnada característica causada pela batida de seu bico ósseo. Busquei o alicate de bico pois com este peixe não se brinca, bati foto e soltei e devolvi para a onda.
O chuvisco estava aumentando, estava na hora de ir para casa antes de ficar igual a um pinto encharcado.
Lugar lindo e que vale a pena voltar outra hora para pescar novamente, me senti privilegiado por poder pescar ali.
Nuvens com cara de poucos amigos
Nenhum comentário:
Postar um comentário