Com muita preguiça fui para praia com a família.
Nos arrumamos mais para dar uma volta, andar na areia e ficar um pouco apreciando o mar.
Peguei minha vara de 2,4m com Molinete Beta II 400 da Marines, um saquinho de minhoca da areia, deixei armado um chumbo com dois anzóis numero 9, e displicente sem muita pretensão de fazer grande pescaria fomos para praia.
Ao chegar na praia me deparei com um lindo dia de inverno, sabe aqueles de águas bem claras quase sem ondas? Pois bem as meninas ficaram loucas e queriam pular na água, mas como não estava muito quente e a água fria não deixamos.
Isquei minha tralha e não caprichei muito no arremesso.
Tão logo caiu dentro da água, foi o imediato puxão. Minha nossa, o que estava acontecendo. Pensei já todo entusiasmado. Recolhi mas senti que não tinha pegado nada, claro, não estava preparado para isto.
O anzol mais acima tinha sido levado toda a isca.
Arrumei tudo novamente e voltei a arremessar próximo do mesmo local.
Não demorou 5 minutos e lá veio o puxão. Dei uma fisgada e dessa vez não fiquei para trás, fui rebocando o bicho pela água a fora.
Um Paratí, não muito grande de tamanho padrão.
Me animei, só lamentei que a preguiça era tanta que não trouxe nem celular, nem máquina fotográfica.
Soltei o garoto, arrumei a isca novamente e posicionei o arremesso um pouco mais para a esquerda de onde peguei o meu amigo anterior.
Aconteceu a mesma coisa, parece que nem tocou no fundo e lá veio o puxão. Fisguei com vontade e fui rebocando o bicho, parecia até um enrosco, pesado e sem muita luta, mas de repente perdi o bicho. Não é possível, levou a isca com tudo, revisei o anzol para ver se estava com algum problema, mas não observei nenhuma falha.
Voltei a iscar e a posicionar no mesmo local. Da mesma forma veio o puxão, fisguei e fui recolhendo com velocidade e continuidade. O mesmo peso senti, fazendo resistência nas ondas e no fundo vez ou outra ficando preso. Por este estilo percebi que enrosco não poderia ser. Continuei recolhendo e então ví o danado, um baita Siri, do tamanho da mão de um homem adulto.
Confesso que não foi a primeira vez que peguei um no anzol, mas o mostro tava ferrado pela boca. Foi difícil tira-lo, as pisas do bicho não é brincadeira. Mas devolvi ele para o marzão, necessitaria mais uns 4 deste tamanho para fazer um caldo e acho que não seria tão sortudo assim.
Euforia aliviada, todo mundo calmo, arrumei tudo para um novo arremesso. A pescaria estava tão boa que toda a família estava prestando atenção. Em 15 minutos de pesca muita ação e briga como estas fazia tempo.
Voltei a arremessar no mesmo local, aguardei por volta de 3 minutos (foi muito rápido) e alguém pegou com vontade a isca, fisguei e senti o brigão. Pelo tipo de puxada e levada de linha de um lado para outro, já sabia que era um Paratí e dos grandes. Dito e Feito, pude velo fazendo surf nas marolas, tentando levar a linha até o ultimo instante.
Um exemplar muito bonito, é o maior exemplar que já peguei, deveria ter quase uns 2 kilos.
Este minha esposa não deixou soltar, pediu para levar para casa para fazermos um frito.
Sabe, na verdade acho que isto dá azar, parece que quando a gente leva o recorde para casa não pega mais um exemplar destes. Mas deixei minha superstição de pescador de lado e fiz a vontade dela.
Deu para tirar uma foto quando cheguei em casa para mostrar para os amigos.
Meu record do Paratí |
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