domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pescaria de Peixe Espada sem Peixe Espada (Choveu Palombeta)

Neste final de semana realizei mais uma aventura nas Balsas de Maricultores de Penha -SC.

Mar estava Verde no Balneário

Eu e o Sr. Nelson já estávamos as 16:00 horas com toda a tralha montada e esperando os peixes. Carlos de 34 C, o mar estava verde, água clara e quente, que me lembro nunca ví o mar tão quente assim. O vento estava soprando sentido norte sul o que favorecia a pesca na região, mas sem onda alguma o mar parecia uma grande piscina.

Preparei uma de minhas varas com um chicote de três anzóis iscados com camarão para tentar alguns peixes diferentes até pintar os espadas. Não demorou muito para então tirar uma Palombeta (melhor se fosse um Pampo), que veio brigando muito, pena que este peixe não tem carne nenhuma é completamente seco, magro, virado em escama e espinha.

Logo que na sequência tirei mais uma Palombeta  de tamanho maior. Como não era de meu interesse soltei os peixes, pois nem para isca servem. Quando pesco nas Balsas outros peixes que pego, costumo não soltar para serem utilizados de isca, é o caso de sardinhas e outros peixes que são possíveis de serem capturados.

Chegou para nos fazer companhia na balsa dois irmãos, chegaram falando muito, este é um sinal para mim, geralmente quando as pessoas chegam falando muito é um sinal que estão enjoando, quase que na sequencia ocorre um silêncio, confirmando que o próximo passo será soltar a ultima refeição para os peixes. Um deles então com a desculpa de estar cansado da semana se deitou e acabou dormindo por 1 hora.


Depois de pegar em torno de umas 5 Palombetas minha vara iscada com charuto deu sinal. Esta vara é reforçada, maciça e revestida de carbono muito forte, molinete XT6000 da Marines com linha 80mm, a vara quase caiu do suporte. Fisguei e o peso que senti me pareceu que ficou enroscada em algum entulho no fundo do mar.

Polvo Doido
Fiz força para tira-lo, senti que a linha estava cedendo mas não poderia ser peixe, pois não fazia nenhuma briga, nem sinal ou batida na linha. Ao trazer para bordo tive uma surpresa, já peguei em minha vida de pesca cagado, tartaruga do mar, enguias, moreias e até caranguejo, mas o que vi me deixou realmente surpreso, um enorme Polvo. Isto mesmo, um Polvo marrom que se soltou e foi logo tratando de retornar para o mar, quase não deu tempo de bater a foto.

Com o alvoroço o dorminhoco acordou, colocou um chicote com 6 anzóis pequenos com isca artificial para pesca de Manjubas e começou a movimenta-la na água. Como estava pegando muitas Palombetas é normal cardumes de outros peixes, ele começou a tirar algumas sardinhas. O cardume estacionou debaixo da Balsa e ele foi tirando uma atrás da outra, tinha tirado em torno de 30 em menos de uma hora.
Até peguei três dessas na minha vara com camarões, junto com as Palombetas.


A noite chegou e o vento virou, começou a soprar de Oeste para Leste, vento quente que chegava a assar o rosto, o charuto saía da água quente, parecendo cosido. Minhas últimas esperanças foram embora, como o espada é de água fria, seria impossível achar algum por ali.

O cardume de sardinhas e palombetas de confirmavam também, pois não estariam sendo pescadas nas redondezas se estivessem sendo perseguidas por predadores.

Ficamos até a meia noite e nenhum sinal de peixe, para dizer que não, alguns anzóis de minha vara com camarão foram cortados, sinal de Baiacu, mas só ficou no sinal mesmo.

Como tinha muita expectativa com o dia, comprei quatro sacos de charuto congelados, usei apenas um, o resto retornou para casa congelado. Para fazer a desforra, de manhã junto com o churrasco do domingo, fiz uns charutos a Portuguesa, isto é, assados na brasa temperados apenas com sal fino e óleo com ervas, ficou muito bom.
  
Charuto as Portuguesa


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