Passei no açougue e comprei dois pedaços de figado de boi e me mandei para o rio tentar pegar uns jundiás. O dia estava propício para isto pois estava muito abafado, tempo fechado, caindo alguns chuviscos, 28o C. Peguei minhas duas varas menores e fui para o rio encano achar um poço que tivesse cara de jundiá;
Demorei até encontrar e quando coloquei as varas na água já estava na boca da noite, não tão escuro e também não tão claro, já passava das 18:30h. Assim que joguei a primeira vara já senti alguns puxões, tentei fisgar mas não obtive exito. Utilizei um chicote pronto de aço com três pernadas, coloque um pequeno chumbo pirâmide e anzóis de tamanho médio (2,5 cm), pedaços generosos de figado.
Na boca da noite, chuviscando, muito abafado, em um poço com cara de Jundiá
Mais alguns puxões ali, outro aqui e nada de fisgar. Tirei uma das varas e coloquei em um poço logo abaixo da pedra que estava, não demorou muito e puxei um pequeno Mandim, nem Jundiá, nem tamanho, realmente pequeno. O Mandim também é chamado de chorão por aqui, nada mais é que uma espécie de bagre de porte pequeno, característico por suas manchas pretas no coro em grandes esporões.
Primeiro Mandim
Soltei o menino e continuei a brincadeira. Na vara longe da pedra, sempre dava pequenos puxões e nada de peixe. Até que uma boa fisgada, puxei e pareceu que ficou garranchado, pois tive a consciência que chumbo piramide não é um bom chumbo, teria que ter formato gota. Não ouve jeito, puxei, puxei até que arrebentou a linha.
Novamente apostei na vara menor e coloque a isca em outro poço próximo.
Arrumei novamente a outra vara e joguei novamente, mas fiquei observando a que estava no poço debaixo de mim, uma puxada forte e lá veio mais um amiguinho marrom com pintas pretas, mais um Mandim, acho que hoje não vai dar Jundiá.
Pescando encima de uma pedra.
Diminui o tamanho das iscas, dos anzóis, joguei novamente.
Os mosquitos estavam me comendo vivo. Olha só o que faz um cara nervoso, não pensa, tava com tanta vontade de pescar e descansar um pouco a mente que parece que era um pescador de primeira viagem.
Mandi na boca da noite.
Novamente a vara garranchou de novo, puxa daqui, anda no barranco, puxa de lá, até que parece que o garrancho veio junto. Não acreditei, um baita de um Cagado com minha outra tralha engatado.
Estava fisgado pelo anzol da primeira pernada que arrebentou com o anzol da nova tralha enrolado.
Deu trabalho para desengatar tudo e soltar o bicho, sem falar no fedor, já tinha escutado falarem que o bicho fedia, mas nunca tinha pegado um, minha nossa, mistura de peixe podre com xixí de vaca. Soltei o bite-lo e não teve jeito voltei para casa por causa dos pernilongos, já eram 20:30h;
Pensando depois em meus erros de amador:
- Sem Repelente;
- Sem Lanterna;
- Anzol muito grande;
- Iscas muito grandes;
- Chumbo Piramide deveria utilizar Gota.
Mas vou ter que voltar no local e tirar a prova, realmente não me conformei, pois sei que no rio tem ainda alguns jundiás dessentes.
Monstro da noite.
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