domingo, 28 de abril de 2013

Seção Nostalgia - Molinete Antigo Guang Wei

Quem que mora em casa e não tem um tal "quarto de bagulhos", bem chegou o dia de dar uma arrumada na tralha do quarto, entre máquina de roçar grama, barraca de acampamentos, pé de pato e outras bagulhadas encontrei uma caixa com material velho de pesca.

Para minha surpresa encontrei lá no fundo meio enferrujado meu primeiro molinete.
Deveria ter uns 18 anos quando comprei, na época sem tecnologia e com material contrabandiado do Paraguay chegavam as primeiros molinetes "made in china" no Brasil, mais baratos e acessíveis dava para encarrar. Então comprei um Guang WEI GD500r, em sua lateral está ainda impresso "Since 1982".

Guang WEI GD500r de meados dos anos 90.

O que me admira é sua robustez, o adesivo meio dourado ainda está intacto de pois de tanto tempo.
Junto com ele comprei uma vara telescópica para molinete de alguma marca Chinesa desconhecida que nem tem tradução para caracteres latinos.

Com ele fiz minhas primeiras brincadeiras na praia de Gravatá e Navegantes do município de Navagantes - SC. Também cometi minha maior "gafe" na praia, estava eu e meu cunhado (Na época era apenas amigo) pescando próximo a uma pedra chamada Miraguaia na praia de Gravatá  quando fisgo o que parece o peixe do seculo, levou muita linha até que começo a recolher, do mesmo modo que começou a levar linha parou, parecia ter soltado, novamente uma nova reação levando a linha de um lado para outro na onda. Começou então a juntar gente ao lado, no calçadão e a comentar - "É grande". Dava para ver o bicho se debater quando chegava na arrebentação levando linha para dentro novamente.

Sinceramente, já tinha uma pequena multidão ao redor, alguns mais afoitos entrando dentro da água para ajudar a tirar o monstro da água. Depois de quase 20 minutos de briga, decidi trazer o bicho para a areia, comecei a fazer um trabalho mais rigoroso com a vara recolhendo linha, quando chegou próximo da arrebentação o mesmo estardalhaço. Alguns homens entrarão na água e tentaram pegar o suposto monstro marinho.

Para minha decepção e vergonha tinha pegado um saco de linhaça, fisguei bem na boca de se enchia feito um para quedas levando a linha para o fundo. Da mesma maneira que a multidão se fez, também se desfez.
Voltei para casa de mãos abanando, mas ri muito desta história muitas vezes.

Pescaria é assim, dificilmente não terás uma para contar.

Limpei ele com carinho e levei para dentro de casa para guarda-lo em um lugar mais seguro.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia - Iscas 5o Parte

Falando mais um pouco sobre iscas para pesca de Praia.

Neste final de semana pude praticar mais um pouco da pesca de praia e desta vez fui mais ousado.
Digo isto quando o pescador leva para a praia apenas a vara, anzol e alguns chumbos, com a "ousadia" de utilizar como isca o que encontrar na praia.

Esta técnica favorece a pescaria por que apresenta para os peixes o que ele está acostumado a encontrar na  praia. Para potencializar a pescaria o melhor mesmo é apresentar a isca o mais fresca possível, sempre dando preferência a isca viva.

Mas claro, isto implica em técnicas de isca-la no anzol que elimina por exemplo a utilização de elásticos de amarração e outros artefatos para preservar a isca o maior tempo possível no anzol.

Aqui quero dar a Dica de como iscar tatuíras no anzol simples.
Fiz os teste, a produtividade da pescaria aumenta em torno de 50% com esta técnica, isto por que quando jogada na água a tatuíra tentará se enterrar na areia se tornando um petisco muito atrativo para peixes como Pampos, Bagres e Betaras.

Como Iscar Tatuíra Viva.

Utilizo o seguinte sistema, inicio a penetração do anzol na primeira vértebra do rabo.
Seguindo com cuidado até conseguir virar o arco do anzol.
Posicionando  por sua vez a ponta do anzol na barriga até aparecer a ponta no casco da Tatuíra.

Isto manterá ela viva durante muito tempo, prendendo-a de forma satisfatória no anzol.
Ocorreu casos comigo que mal joguei a isca pude sentir os peixes tentarem pega-las o que aumentou a sensação de ponta de vara.

Mas seja consciente: Capture as tatuíras que vai utilizar, não mate o bichinho desnecessariamente.
Eu faço o seguinte, se tenho uma vara com um chicote de três pernadas, capturo 6 tatuíras, deixando 3 de reservas. Quando utilizei as reservas, capturo mais 6.
Dou este alerta por ver pescadores capturarem baldes de tatuíras e no final da pescaria despeja-las na praia quase de 80% todas mortas.
Este crustáceo embora sua aparência ser robusta, morre com facilidade fora da água.


Pesque consciente,   solte seu parceiro de pesca (Peixe), não desperdice isca, preserve a natureza e seja realmente um pescador esportivo.

Vara na espera com as Tatuíras se mechendo


sábado, 20 de abril de 2013

Minhocas da Areia X Pampos

Neste final de semana, graças a uma massa de ar polar vindo do oceano o dia estava maravilhoso, céu azul, sol não muito forte, uma brisa suave.
Mesmo com os compromissos no sábado pela manhã, saímos logo após o almoço e fomos para Penha-SC.
Somente deixamos as coisas em casa e fomos para a praia.

Primeiro pampinho do dia

O mar parecia uma piscina, água bem verdinha, tudo muito calmo. A praia era dos pescadores, de um lado um grupo de pescadores, tinham instalado em torno de umas 5 varas. Mais adiante um outro pescador solitário empunhando sua vara.

Arrumei minhas três varas costumeiras, hoje prevendo o que se repetiu no ultimo final de semana, também trouxe uma vara de 1,80 de ação lenta que utilizo para peixes leves para pescar na espuma (Que devido a estar calmo quase não tinha onda).

Hoje iria testar mais um pouco as minhocas da areai, comprei algumas de um senhor conhecido que me forneceu embalado em um pacotinho. Diz ele que captura as minhocas em um praia aqui perto, mas vende mesmo só quando não as utiliza.

Na verdade pesquei muito poucas vezes com este tipo de isca, até por dificuldade de encontra-la.
Mas pela experiencia que tive são muito boas, não posso tirar conclusões por que a amostragem é muito pouca, mas me parece que atraí principalmente os pequenos.
Em minha vara de ação leve, quase que somente arremessava para a água e já trazia um pequenino. Até me atrapalhava um pouco na atenção com as demais varas, isto por que os pampinhos (inhos mesmo) levavam a isca embora, o mesmo que acontece com os lambaris e a minhoca nos rios. Tem que ter sensibilidade para  trazer os danadinhos e não ficar só perdendo isca.


Comecei com três pequeninos Pampos e depois comecei a pegar um peixe que nunca tinha pegado, identifiquei apenas como Parati, pois era muito parecido com o Parati-Barbado só que sem as barbas e um pouco mais roliço. (Vou pesquisar melhor este peixe para descobri o que realmente é)

Foram em torno de três Paratis, quando minha vara de 2,3m (a velhinha) deu sinal que estava na pescaria. Um forte puxão, fisguei mas não foi o suficiente, quando estava aparecendo o Pampo de tamanho considerável na espuma da onda, escapou. Mais alguns pampinhos, escapa um aqui, belisca ali e mais um considerável  telegrama, desta vez fisguei com vontade e senti a presença do bicho.
A onda estava tão clara que dava para ver o Pampo surfando, nadando de um lado para o outro. Que sensação maravilhosa, um belo Pampo amarelo. Tirei algumas fotos, socorri primeiro o pampinho que tinha pegado antes e fui para o ritual de soltura.

Olha, nunca vi um peixe sair tão contente embora, parecia muito feliz, nadando a toda para dentro do mar.
Bem foi esta impressão que eu tive, sei que é tudo metáfora e bla, bla, bla... mas é uma visão maravilhoso sentir este momento da criatura que lhe deu alguns instantes de felicidade.

Maravilha de Pampo Amarelo

Já estava bem escuro e estava na hora de retornar para casa, minha esposa e as meninas já tinham ido a algum tempo. Só para manter o pescador bem vivi, minha caixa de tralhas se abriu na areia no escuro.

Demorei quase de uma hora para pegar tudo na areia no escuro.
Aqui vai minha dica, pessoal, utilize sempre os anzóis dentro de caixas fechadas, nunca deixe abertas ou anzóis soltos.

Se acontecer algo parecido com você, como fica a consciência em deixar anzol na areia para alguém se ferir ou alguma criança.
Pescador deve ser consciente nas atitudes também.

Recolhi tudo e fui embora tranquilo que se perdi alguma coisa, foi algum chumbo ou boia, mas todos os artefatos que podem machucar alguém não foram perdidos.


Grande pescaria, aguardo a próxima.



Ultimo da noite.

Final de tarde.

Para provar que não estou mentindo

domingo, 14 de abril de 2013

Matando a saudade dos Pampos em dia maravilhoso de Sol


Após uma temporada de muita chuva, não acreditei no lindo dia que vi pela manhã. Como iriamos arriscar em ir no dia anterior mesmo com chuva para a casa de praia de minha mãe, arrumamos as meninas e nos mandamos para a praia. Liguei para minha mãe, mas com a chuva já tinham retornado no sábado mesmo, como já tinha ficado com a chave para ir no final de semana anterior, decidimos passar o dia por lá.

Céu Azul, Sem onda, Água limpa, dia lindo

Eram 9:30h quando chegamos em Penha, só abrimos a casa e fomos para a praia.
Arrumei minha tralha e em menos de 5 minutos já estava com a linha na água, tinha novidade, consegui algumas minhocas da areia e estava louco para pescar, os Pampos adoram este tipo de isca.

Mal joguei a linha na água, senti uns beliscões, o mar estava tão calmo, sem vento e com poucas ondas que ao mínimo toque na isca dava para perceber. Tirei por várias vezes a isca e percebi que estava sendo beliscada, deduzi que era os caranguejos.  Mas também só as minhocas, o camarão descascado nem tocavam. Na parte da manhã só ficou mesmo a beleza do dia, nenhum toque considerável.
Apenas deu para curtir as meninas brincando na areia e passeando de mão dada.
Ao retornar perguntei a dois pescadores que estavam mais adiante e que já estavam na praia antes de mim, disseram que estava muito estranho, nada, nem um puxão.

Na verdade, dias muito lindo tenho comigo que não é um dia bom para pescaria. Minhas experiências não foram boas e quando utilizo a razão para achar o motivo, me vem a mente, o que o peixe vai fazer na praia sem onda? Se não tem onda, não tem comida, pois não é levantado pelas ondas os quitutes que os peixes gostam (tatuiras, minhocas, camarões...).

Retornei as 16:30 para a praia. Já mudou um pouco, algumas ondas mais discretas mas a água continuava limpa, dia realmente lindo. Não demorou muito para sentir alguém passar um telegrama em minha supercast 2 metros (esta vara tem 20 anos, já contei isto outro dia). Tirei ela do suporte e fisguei, o guri respondeu dando algumas cabeçadas, fui recolhendo linha e pude ver o Pampo surfando na onda.  Gente, como estava com saudade de ver esta sena maravilhosa. Um Pampo Galhado, muito bonito, veio tirar algumas fotos neste dia de cartão postal. Tirei algumas fotos e fui ao meu ritual de soltura, deixei a onda bater e ele respirar um pouco, quando senti que estava recuperado soltei o guri, pude velo nadar onda a dentro.

Foi um ritual de pequenos puxões, até uma grande puxada que acabei perdendo por me atrapalhar com o suporte.  Logo minha esposa chegou com  as meninas, todas encasacadas e reclamando de frio. Realmente estava frio mesmo, dava para sentir o calor das ondas quando se aproximavam na areia. Comecei  a perceber novo movimento de peixe, troquei a isca e experimentei colocar com cada pedaço de camarão um pequeno pedaço de minhoca.

Duble de Pampo

Mal arremessei e senti alguém na linha, fisguei e quando sentir que estava preso, fui recolhendo devagar dando pequenos intervalos,  a técnica deu resultado logo senti outro querido na linha, fisguei e senti o volume. Pensei, acho que consegui um "duble" e não é que era isto mesmo que aconteceu, tirei um duble de Pampos, um pampo galhado e um pampo amarelo. Minha esposa ficou de fotografa e exagerou nas fotos, acho que bateu umas 10, melhor garantir. Após todas as poses, fui para o ritual de soltura, deixando eles respirarem soltando na sequencia.

Na minha vara de 3m apenas pequenos puxões. Comecei a colocar pequenos pedaços de minhoca o que fica mais difícil para o peixe tirar e piquei com a vara empunhada.
Não demorou muito para sentir os beliscões, fisguei por várias vezes e peguei o danado. Um pequeno pampinho amarelo, muito pequeno, tirei o anzol com cuidado, fotos e retornou para a água crescer no marzão.

Deu tempo para tirar mais um outro pampinho até retornarmos para casa. Com a saída do sol, realmente ficou muito frio, estava ficando congelado.  Voltamos para casa, tomar um banho quente e retornar para casa.

Pequenino valente

O ultimo do dia.

Maravilha de dia.

Saudade batida e renovada. Que dia maravilhoso.

sábado, 6 de abril de 2013

Meu primeiro Espada de 3 kilos

Neste final de semana realizamos mais uma pescaria nas balsas de maricultura em Penha - SC.
Eu e meu amigo Sr. Nelson saímos logo as 13:30 horas passamos em uma peixaria para comprar Charutos Frescos e Mariscos e as 14:30h já estávamos colocando as tralhas na barca do barqueiro que chamamos simplesmente de "Zé".

A bordo do Perola Negra.


O mar estava um tapete, o céu totalmente azul, nenhuma nuvem, nada de vento, a temperatura estava 30 oC mas estava agradável pois o tempo seco de uma massa de ar polar (Segundo noticiário) fez a diferença.
A ideia desta vez era tentarmos pegar alguns peixes diferentes, como Pampos, Marimbaus, Baiacus e se tivéssemos sorte Corvinas.

Mar tapete, Céu Azul, Vento Parado.


Assim que instalei a tralha toda comecei a colocar o equipamento  para pescar mais ao fundo do leito. Coloquei um pequeno chumbo tipo gota com um chicote de duas pernadas iscados com mariscos e a outra uma cauda de charuto.

Por volta das 16:30 horas pintou o primeiro "Guri", já dando muita cabeçada e levanto a linha para baixo da barcaça. Sorte que estava com uma linha muito forte de 60mm, vara especial maciça com Molinete Marines Sport XT 6000, pude rebocar o peixe, logo pude ver planchar o pelo Marimbau, o maior que peguei até hoje, deveria ter em torno de 1,5 kg.

Logo chegou o "Zé" novamente trazendo mais dois companheiros, não querendo ser egoísta  mas  espantou os peixes. Muito papo até todos se arrumarem e por volta das 18:00h mais um Marimbau apareceu, não era muito grande. Sr. Nelson iniciou a pescaria com um Bagre Branco mais um Marimbau.

Com a chegada da noite iniciamos a troca para a tralha de Espadas, já tinha feito minhas iscas, preparando os empates com garateias e ficamos no aguardo. Não demorou muito para a primeira espada bater em minha vara que deixei em meia água (por volta de 6 metros). Não era das maiores mas animou o pessoal, uma espada média de 1 metro.

Feliz com o Marimbau

Depois desta primeira só foi alegria, bem pelo menos para mim e para o Sr. Nelson. Pegamos uma atras da outra, todas de tamanho média de 1m a 1,2m. Até peguei um canivetinho de 30 cm, tirei com cuidado a garateia e mandei de volta para a água.

Desta vez o espetáculo foi grande, teve espada saltando de um lado para outro com a isca na boca, teve espada atacando a boia luminosa e até uma doida que pulou sozinha para dentro da barcaça. Elas estavam muito ativa, pudia-se ver o cardume nadando ao redor da barcaça, estava perigoso colocar a mão na água e receber uma mordida.

Por volta da meia noite elas começaram a responder nas boias que arremessávamos mais longe da barcaça, estas eram de tamanho grande, retirei minha vara que pescava ao fundo e deixei somente a com a boia mais ao longe, até por que já tinha pegado o suficiente (Você deve possuir consciência e bom senso de saber quando parar), deixei minha vara combate da Marines Sport com o XT 2000 fazer o trabalho.

A Garateia tira-se depois, bicho tem dentes de navalha.

Até que após três boias serem levadas para o fundo e fazer o espetáculo que chamo particularmente de Ovni, a boia realmente foi levada para o fundo e não retornava mesmo puxando com força, o bicho era grande, levando a linha de um lado para o outro, foi uma visão inesquecível.
Trabalhei o bicho e deixei cansar, fazendo força e deixando o peixe levar linha, fui trazendo para a borda da balsa e quando fui tira-la da água, uma nova investida para o fundo, reboquei com força e puxei o bicho. Uma enorme espada de 3 kilos, nunca tinha pegado uma tão grande, medimos ela 1,8m, que animal bonito, para mim se tive-se pego uma dessas no inicio da pescaria já tinha ido para casa.

Bichão Bonito, Pare-se a cara de um cavalo.

Encerrei a pescaria com ela, já tinha pegado minha cota com direito de muita história para contar.

Pessoal, apenas lembrando, Peixe Espada para captura deve ser acima de 75cm, se bem que acho que esta cota deveria ser aumentada para 1m, pois pessoalmente, não é por que peguei esse monstro, mas são pequenas ainda um bicho com 75cm.

Resultado da Pescaria 10 Espadas, 2 Marimbaus e 1 Monstro

Não vejo a hora de voltar.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia - Iscas 4o Parte

Continuando a apresentação de dicas de minha aprendizagem na pesca de praia vou falar um pouco sobre as iscas a serem utilizadas.

A pergunta que sempre me é feita é a mesma, qual a melhor isca para ser utilizada na pesca de praia?

Bem para responder esta pergunta vou utilizar a razão.
Se você vai a uma peixaria a possibilidade de você encontrar picanha é maior do que encontrar filé de pescado? Claro que não.

Da mesma forma o peixe procurar encontrar o que ele foi procurar na praia.
Minha primeira dica sobre isca par pesca de praia é, procure utilizar como isca o que você encontra na praia, pois é esta isca que o peixe veio procurar na praia.

Claro que o camarão sempre é uma isca universal e muito encontrada no fundo no mar, em costões e na arrebentação das ondas na praia. Mas um peixe que vai até a praia procura as criaturas que estão na areia da praia.

Desta forma se você encontrar muitas tatuíras a possibilidade de possuir maior produtividade com elas é maior do que com o camarão. Ou mesmo se possuir muitos mariscos da areia, é sinal que vai existir peixes que possuem bicos ósseos para quebra-las, por sua vez a possibilidade de encontrar baiacus aumenta.

Então PRIMEIRA DICA:  Procure utilizar como isca o que você encontra na praia.

SEGUNDA DICA: Para garantir leve sempre camarão fresco, colocando sempre descascado e de preferencia sem utilização de material para fixação. O camarão é uma isca universal que caso você não tenha produtividade em encontrar as iscas naturais do local vai ajuda-lo.

Algumas iscas encontradas nas praias:

Tatuíra:


"Tatuí ou tatuíra é o nome comum da espécie Emerita brasiliensis (Schimitt, 1935)[1], uma espécie decrustáceo decápode anomuro da família dos hipídeos. Dificilmente passam dos quatro centímetros de comprimento (mas é possível o crescimento até sete centímetros). São encontrados enterrados na areia das praias brasileiras, a pouca profundidade[1]. Têm coloração branca. São usados na culinária. Sua presença é um indicador da qualidade ambiental de uma praia: praias com um certo grau de poluição ou de presença humana não costumam mais apresentar tatuís[2]."

Tente isca-la de preferência viva.


Para faze-lo inicie enfiando o anzol logo após iniciar o rabo, entre o casco e a primeira vértebra, empurre até sair para o outro lado vire em direção a barriga e coloque a fisga até aparecer na superfície do casco. Assim ela permanecer-a viva e sua produtividade aumentará enormemente.

Corrupto
"Corrupto (Callichirus major, Stimpson, 1866) é um crustáceo decápode cavador, que pertence a famíliaCallianassidae, apresenta indivíduos maiores atingindo aproximadamente 20 centímetros de comprimento, tendo o abdome com coloração amarelada. Possuem garras em forma de pinças sendo uma delas bem maior que a outra. Deve-se tomar cuidado com os espécimes de maior tamanho, já que sua garra pode causar pequenos ferimentos. São apelidados de Corruptos, pois são muitos, não "aparecem" e são difíceis de capturar.
Vivem em praias rasas de areia fina, próximos à linha d'água, em profundas tocas verticais escavadas na areia. Quanto maior o buraco, maior o animal que nele habita. Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição e de pequenos animais. Geralmente seus buracos ficam expostos apenas durante durante amaré baixa, -0,2m ou mais. Portanto, de acordo com a tábua das marés, verifique o dia mais adequado, num horário em que a água esteja em seu ponto mínimo. Nos buracos cobertos pela água, o Corrupto estará mais próximo à superfície."
Para captura-lo é necessário equipamento de sucção apropriado. Pode-se utilizar os fazedores de buracos para guarda sol que são encontrados em todas as lojas de praia. Ao observar um buraquinho com bolhas assim que passar a onda é sinal de um corrupto, utilize a sucção e capture a criatura. Alguns peixes possuem preferência por este crustáceos entre eles os Pampos e Betaras. A foto acima mostra uma maneira de isca-lo.

Marisco da Areia:
São encontrados na areia sempre que a onda passa observa-se movimento de seu retorno para o fundo.
Estão sempre na flor da areia e costumam ser levados pela onda, assim que são descobertos por ela, retornam cavando a areia a dentro.
É necessário a utilização de alicate para romper seu casco. Basta quebra-las e colocar no anzol dando várias entradas e saídas pela seu corpo. É ótima isca, por ser fibrosa dificilmente sai do anzol. Tenho observado que é uma isca muito apreciada pelos Bagres. Geralmente em praias que possuem em abundancia estes mariscos possuem também Bagres e Betaras.


Aqui foi minhas dicas, boa pescaria.