Já há muito tempo estava planejando uma pescaria de carpas,
agora com a chegada do frio minha vontade ficou ainda maior. Praticamente não
possuo experiência alguma com este tipo de pesca, muita pesquisa e vídeos desta
modalidade de pesca foram assistidos até chegar o grande dia.
Decidi iniciar a aventura em um pesqueiro perto de casa,
pesque e pague Zumm Wesser Spiegel (coisa de alemão), já estive neste pesqueiro
tentando pescar alguns bagres gigantes em outra data.
O dia estava perfeito, 19oc, céu azul, meio frio.
Acho que fui o primeiro a chegar ao local, tive tempo de
curtir a tranquilidade do local e preparar o material. Iniciei montando as
varas, levei todas as três, instalei os apoios de molinetes que segundo
comentários as carpas puxam forte e levam a tralha toda para dentro da lagoa e
fui prepara a massa.
Comprei uma massa tradicional disponível em lojas
especializadas, testei a Super Massa, preparei a massa conforme pesquisa meio
esfarelada e montei as “coxinhas” nos “chuveirinhos”. Preferi não utilizar boias
para deixar os “chuveirinhos” flutuando e fui pela intuição, como meu foco era
as carpas-capim, montei as massas sem chumbo e boia, apenas jogando as
“coxinhas” na água deixando se assentarem ao fundo da lagoa.
A massa é um chamariz, tão logo se depositaram ao fundo as
carpas começaram a “mamar” a massa. Foi emocionante suportar o instinto de dar
uma fisgada, pois a técnica é quase deixa-las se fisgar sozinhas.
Depois de um
tempo, os primeiros puxões fortes apareceram como pesquisei, quase levando toda
a tralha para dentro da lagoa, dei uma fisgada, mas nada, não foi desta vez. E
assim foi durante um tempo, já estava ficando impaciente, “será que não vou
pegar nenhuma?”, “Será que está errado minha técnica?”.
Ao preparar uma “coxinha” nova para uma das varas, alguns
pescadores que estavam ao longe, me chamaram – “Olha a vara!!”, ela estava
quase quebrando. Dei um puxão e fisguei a monstra, o pessoal correu com um puçá
para me ajudar e a luta começou. Bicho parado e sem graça!!! Só diz isto quem
nunca pescou uma dessas, que peixe bravo, no inicio achei que era um pacu,
levava a linha até o meio da lagoa e não via o bicho, trabalhei muito bem o
material e fui trazendo o monstro para a beira da lagoa. O pescador que me
apoiava apostou que era uma carpa cabeçuda, pois viu o vulto enorme dentro da
água, mas eu achava que era uma carpa-capim e apostamos uma cerveja. Depois de
10 minutos de briga, isto por que, justo a vara com o micro-molinete que pegou
o monstro, deu para ver o peixão na flor da água, era uma carpa-capim,
aproximadamente 5kg, saquei a máquina e bati uma foto.
Um pouco mais de luta, mais algumas investidas de fuga
tomando linha e comecei a trazê-la para a boca do puçá, o colega se preparou para
pega-la no puça, quando iniciou a
entrada, deixei a linha um pouco frouxa e a danada escapou. Deu um bote para trás e se
soltou, parecia que estava engatada pelos anzóis laterais do “chuveirinho”. Não
sei se chorava se batia no cara, putz!!! A um metro do bicho ela deu um “tchauzinho”
e foi embora, a única coisa que me consolou é que o monstro permaneceu vivo,
como estou acostumado a soltar o peixe no fundo no fundo fiquei feliz por ele.
Arrumei novamente as iscas, a massa já estava acabando,
rendeu bastante, um saquinho de 1/2kg deu para pescar a manhã toda. Minha
família veio me buscar e decidimos almoçar no local, já era unas 11:40h e
estava na hora mesmo. Que manhã espetacular não vê a hora de voltar. Vou
comprar algumas boias e testar também com o sistema para carpas-cabeçuda,
enquanto deixo outras duas no mesmo sistema que utilizei para ter uma
amostragem de rendimento, “gu´enta coração de pescador”.
Lugar estava calmo e tranquilo.
Lagoa ao Lago com jeitão de bagres.
Local: Pesque e Pague - Zumm Wesser Spiegel - Blumenau - SC
Fase Lunar: Minguante
Tralha: Molinete Ultra-Leve, Molinete Leve, Molinete Vara Rígida
Isca Natural: Super Massa Tradicional para carpas.
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