domingo, 15 de outubro de 2017

Recuo do Mar em Santa Catarina

Já faz um tempinho que não escrevo para vocês meus amigos pescadores (ou não).
MBI, Casamentos, Doença, mal tempo... muitos motivos para não me deixar um tempinho com "IaIa" (referência e Iemanjá - Rainha do mar) como sempre falo.
Mas das últimas vezes que tentei, nem tive tempo de colocar no blog, vou fazer um vídeo para meu canal.

O fato é que realmente o fenômeno "Recuo do Mar" praticamente destruiu a pesca de praia no litoral de Santa Catarina (pelo meno na parte norte onde costumo pescar).
Nada, isto mesmo, nem sinal de peixe, nem pequenos, nem na areia, nem em lugar algum.

Entenda por que houve recuo do mar em até 50 metros nas praias de SC no fim de semana

 

Soma de Fatores

“Trata-se do transporte de Ekman, que ocorre todo dia aqui no Hemisfério Sul e faz a água superficial se mover à esquerda do vento predominante. O vento é nordeste em direção ao mar”, afirmou.

Além disso, segundo Leandro, a lua cheia dos últimos dias também contribuiu. “Ela também intensificou o momento de maré baixa, mesmo com a forte ressaca que foi intensificada também por este sistema de alta pressão”, disse.



Agora a pergunta o que ocorreu com os peixes?

Para mim, como pescador o que ocorreu foi a morte de muitos organismos na areia da praia que servem de comida para os peixes de areia. Também a temperatura da água sofreu uma retração, o que engana alimentos que nadam na margem a nadarem entre a margem de temperaturas mais frias e quentes, esta faixa continua pelo menos 200 metros a dentro.

Ou seja, não tem comida na praia para atrair os peixes, sem motivo para estarem na areia, estão concentrados em bancos de areia mais ao fundo da costa. Pelo que pesquisei a pesca embarcada nestes bancos de areia após a retração melhorou ao invés de piorar.

O homem continua influenciando na natureza, mudando o ecossistema, se não bastasse o desperdício, pesca predatória, lixo nas praias, saneamento básico na costa, temos agora consequências que  com o tempo pode gerar mudanças definitivas.

Como o ambiente para pesca de praia é muito frágil em matéria de naturalidade, limpeza e ecossistema (quase o caso de pescas de peixes em rios caudalosos de águas frias com água extremamente limpa e sem intervenção humana), corremos o risco de em algum tempo a frente, ser matéria de saudosismo a ser contada aos descendentes desta geração "gafanhoto" (que apenas tira e não contribui).

Rogo para que isto não aconteça, e torço que que de tempo de reverter a situação. O ser humano tem grandes capacidades, basta deixar a ganancia, o poder e o egoismo de lado e colocar sua mente em pró da prosperidade, não apenas do ser humano, mas de todo universo que ele habita.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Diário de Um Pescador - Temp. 2017 Ep. 4 - Praia de Itajuba SC - 2o Parte


Pescaria na Ressaca - Itajuba - SC

Escrever de uma pescaria que não deu nada, realmente chega a ser até cômico.
Isto mesmo, já vou avisando, não peguei nada desta vez.

Mas por que escrever então?
Bem analisar os erros é uma forma de não repeti-los, desta forma, pensei em ser sincero e neste poste, colocar meus erros.

Como as janelas para pescaria nos últimos tempos estavam ficando raras, uma por compromissos, outras pelo tempo (clima), ou compromissos profissionais. Não podia deixar a chance de tentar uma pescadinha neste feriado prolongado.

As 15:00 horas já estava na praia, e realmente ao chegar por lá o mar não estava muito bonito.
Pelo menos na praia de Itajuba em Barra Velha - SC. Devido a uma tempestade em auto mar, o mar estava com uma ressaca, ondas fortes que levantavam a areia grossa característica da praia.

Embora tentar por muitas horas, não obtive nenhum resultado.

Os motivos que levo em conta de meu insucesso foram:
- O mar turvo a ponto de criar uma diferença entre as primeiras baterias de ondas (da praia para o mar) até a terceira onda. Criando uma faixa muito escura cor de chocolate, diferenciando da cor verde intenso do mar limpo, o peixe fica nesta linha entre a água clara e a água escura dificultando meu arremesso. Mesmo entrando dentro da água até a cintura e tendo um bom arremesso não conseguia alcançar esta linha.
- Isca, realmente embora ser camarão vermelho e parecer estar muito bom, já tinha passado por resfriamento e era o resto da ultima pescaria que realizei. Lembram de outras postagens "sempre usar isca fresca". Este fato é decisivo, se o peixe não consegue ser atraído pela apresentação e movimento, pelo gosto é que não seria com uma isca "dormida".
- Vento constante, muito difícil de identificar o peixe, estava a merce apenas do peixe que, digamos, autofisgase.

Mas um fato deve ser colocado em pauta, em dado momento da pescaria, na anseia de uma boa fisgada, esqueci a trava do molinete fechada o que fez a linha enrolar na ponta do caniço e arrebentar a linha.
A primeira vista é um azar enorme se não fosse o próximo arremesso com a outra vara.
Ao arremessar senti um puxão e um peso forte, fui puxando e o que vejo? Um anzol grudado no anzol do arranque que tinha acabado de arrebentar na outra vara. Bem pelo menos não perdi um arranque, anzóis e chumbada.

Tudo serve para refletir se vale a pena mesmo tentar se vários fatores estão desfavoráveis para uma boa pescaria. Até que ponto vai a teimosia de um pescador ?


Praia de Itajuba - Barra Velha - SC



sábado, 21 de janeiro de 2017

Várias técnicas em Lagoa Particular - Indaial SC

Tirei o final de semana para pescar com meu pai, pescador sênior, especialista em pesca de rio e lagoas, gosta muito de pescar em pesque e pagues, principalmente as Tilápias.

Fomos em uma lagoa particular no município de Indaial - SC, a Lagoa tem muitos peixes e tem como objetivo apenas a beleza do local, os peixes são tratados de forma orgânica, com plantas e frutas, o que torna o apetite e agressividade dos peixes igual o encontrado na natureza.

Meu objetivo era pescar os Pacus que possuem na lagoa, quando tratado observasse o vulto amarelo de belos exemplares. Utilizei para isto salsicha, o que limita a fisgada das espécies de peixes, assim não iria me incomodar com as tilápias, embora como o local não costuma ser utilizado ração, as tilápias são bem mais vorazes.



Com outra vara com micro molinete utilizei minhoca viva, o que traria para os peixes uma atração maior. Enquanto deixei minhas varas na espera armadas, brinquei utilizando o Tenkara, a milenar arte de pesca utilizada no japão. Utilizei como isca uma ração artificial, os peixes são tão vorazes que atacam tudo que flutua na superfície.

E assim foi, logo depois de algumas batidas na água deixando a isca boiar e seguir a corrente da água provocada pelo vento, obtive a primeira fisgada, uma pequena tilápia. Depois que atender as demais varas com outros puxões, continuei as batidas e peguei uma carpa-papim, o que me vez lembrar de uma fisgada de truta utilizando o Tenkara. Como a vara é muito fina a esportividade é muito grande e você tem que esperar o peixe cansar para tira-lo.

Depois da festa com a carpa-papim, começou as primeiras tilápias grandes e muito brigonas.
Meu pai do outro lado do lago começou a tirar alguns Pacus, e olha que sua tralha não tinha empate de aço, como ele possui sensibilidade na identificação do peixe consegue fisgar sem ter grandes problemas.

Tirei mais algumas tilápias pequenas até tirar uma brigona que pensei que era um pacu, levou a linha de um lado para outro, dando cabeçadas, muito brava, deu até pena de soltar a monstra, mas como estávamos pescando para o consumo se fazer isto meu "velho ia me matar".

Trouxemos aproximadamente 20 kilos de peixe e fomos para casa limpar.

Grande pescaria, me fez lembrar dos tempos de infância que pescava com vara de bambu em rios e lagoas com meu pai. Grandes fisgadas, grandes momentos.

Grande Pacu

Tilápias brigadoras