Após uma sexta-feira santa muito chuvosa no sul do pais, no sábado abriu-se uma janela de tempo ótima para uma pescaria de praia.
O céu amanheceu azul sem nuvens com tempo firme.
Cheguei na Praia por volta das 07:00 horas com muita expectativas, fui para praia de Itajuba em Barra Velha - SC. Quando cheguei na areio constatei um mar revolto, água meia turva, muito material orgânico na praia, sinal de uma boa (ou má) ressaca.
Sabia com isto que a pescaria não seria tão produtiva, provavelmente se limitaria a poucas espécies, como Bagres, Betaras e quem sabe algum Parati.
Arrumei minha tralha e como de costume coloque um equipamento na primeira valeta para pesca a curta distância e minha vara maior para a terceira valeta onde estão os peixes maiores.
De inicio pude observar que a pescaria seria muito técnica, uma por que se coloca-se uma chumbada muito leva, não se fixaria no fundo, ou se coloca-se uma muito pesada seria enterrada na areia.
Tive que testar um pouco, iniciei com uma chumbada para curta distância de 80g, logo pude notar que não pararia no fundo, mesmo tendo aumentado um pouco o peso, costumo sempre pescar com uma de 50g, aumentei um pouco, consegui a fixação, porem tinha que ter cuidado para não deixar enterrar o chumbo na areia.
Na pesca de praia com tombo do chumbo após ser ancorado com o tempo pode ser enterrado na areia, isto ocorre devido ao movimento das ondas que vão tirando a areia debaixo do chumbo, aos poucos vai enterrando.
Duas coisas o pescador deve ficar atento, de tempo em tempo recolher um pouco de linha para puxar a chumbada e não deixa-la se enterrar. Caso ocorrer da chumbada ficar enterrada, vá andando lateralmente pela praia soltando linha mas deixando sempre tencionada, a medida que o angulo vai ficando menor a chumbada se solta, isto ocorre pois a força que pucha a chumbada passa a ser lateral não mais na base que é maior.
Ajustado este ponto, outra dificuldade encontrada é saber quando tinha peixe, pois a sensibilidade de ponta de vara muda, nesta caso quando a chumbada está bem ancorada toda vez que ocorre um afrouxamento de linha é por que o peixe puxou a chumbada.
E assim foi, observei uma boa afrouxada de linha, recolhi para conferi e senti o peixe do outro lado tentando ir para o fundo, ajustei um pouco o freio do molinete para ficar mais frouxo. Desta forma podemos presenciar algumas roubadas de linha o que aumenta a emoção.
Recolhi o primeiro e tirei um belo bagre, tirei as fotos e devolvi para o marzão.
Depois de algum tempo, ocorreu uma espetacular roubada de linha, o molinete cantou de um jeito que chamou a atenção de quem caminhava na areia.
Fui recolhendo aos poucos e devido a uma "bobeira" minha o peixe escapou.
Não demorou muito para novamente ocorrer a mesma situação, uma roubada de linha e o molinete cantando, desta vez me dediquei em não deixar frouxar a linha e fui trazendo um bonito bagrão para bater uma foto.
Ocorreram mais duas ações, mas não obtive resultados para tira-lo.
Mas as roubadas de linha aumentaram a emoção e criaram muito história para contar.