Nesta sexta-feira santa, tirei para fazer uma aventura em
família, comprei alguns puças e com as meninas e minha esposa fomos tentar
pegar alguns siris na saída do rio Piçarras.
Chagamos por volta das 17:00 horas, a maré estava baixa, o
que não era muito favorável para pescar, mas ficarmos muito bem instalados, o
local tem uma espécie de arquibancada criada pela prefeitura do local para
favorecer a pesca dos turistas e moradores.
Com a maré baixa, nossas chances estavam muito
desfavoráveis, pois é uma tendência do peixe em entrar rio a dentro na maré
cheia, na vazante sua tendência é de retornar para o mar, seu extinto diz para
garantir a sobrevivência no local de maior quantidade de água. Na verdade o
peixe sempre nada contra a corrente, nunca a seu favor.
Desta forma, nossas primeiras horas foram só de expectativas,
minhas meninas estavam ansiosas para
pegar um siri, mas dessa vez não veio. Mas minha esposa, para passar o tempo,
pegou uma vara e arriscou alguns arremessos e pela primeira vez, no mar, vamos
dizer, ela pegou seu primeiro peixe, um bagre crinza, deu até uma briga para
recolher. Pena que ao tira-lo na água para bater a tão merecida foto ele se
soltou, faltou um pouco e experiência para dar a fisgada, estava muito mal
preso.
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Bela Corvina |
Eu fiquei brincando com outra vara de ação lenta, molinete
light, com um sabiki de 6 micro anzois, excelente para pescar Lambaris e
Manjuvas. Senti duas pequenas beliscadas, mas não fisguei nada. Estava
utilizando um chumbinho gota de poucas gramas, a intenção era que fosse levado
pela corrente dando movimento as pequenas iscas artificiais do sabiki.
Assim que a maré começou a subir a emoção ficou maior, a
primeira boa fisgada seguida de uma briga boa valorizada pela vara fina de ação
lenta. Parecia o maior peixe do mundo sendo rebocado com minha vara fina que se
vergava toda. Aqui vai minha dica, se procura emoção procure pescar com
equipamento light com uma vara de ação lenta, parece que você está pegando uma
baleia.
Fui trabalhando o brigão e tirei da água uma boa corvina. Até
cheguei a colocar no balde, se a quantidade fosse boa levar um frito para casa.
Não demorou muito para tirar mais uma corvina, um pouco menor que a primeira,
dando boa briga.
O divertimento foi ficando maior a medida que a maré subia,
minha esposa perdeu uma puxada vigorosa e a anzol se enroscou, tive que
sacrificar um chicote com chumbo e tudo.
Mais uns minutos e mais algumas corvinas quase que em
sequência. Neste momento você começa a ficar bobo, antes queria apenas pegar um
no sabiki, agora já queria pegar um dublê. Estava perto das 20:00 horas quando
as meninas pediram para irmos para casa, queriam comer pizza. O balde já possuía
umas cinco corvinas, olhei para elas e pensei, "voltam para casa...",
peguei o balde e soltei as meninas na água, como era raso as corvinas não
estavam prejudicadas pela profundidade e deu para soltar sem problema. (Corvinas pescadas em profundidades não podem
ser soltas, pois geralmente estoura a bexiga natatória provocado pela troca de
pressão muito rápida, melhor levar para não desperdiçar o bicho).
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Cornininha com Sabiki |
Ótima pescaria, voltamos para casa sem siri, mas com muita
estória para contar. Os Sabiki são ótimos.