Saímos cedinho e fomos direto aos atrativos de Uribici - SC, a tradicional pedra da igreja, ponto mais alto de Santa Catarina, foi toda a família, inclusive o namorado de minha filha mais velha Adriano.
Lugar maravilhoso e único.
Logo após as linda paisagens o objetivo era pescarmos trutas e almoçar no local. Após pegar informações com pessoas muito hospitaleiras (Nunca vi tanta calma) entramos em uma estrada de chão um pouco ruim. Estava muito ansioso para conhecer o local, até que finalmente uma encruzilhada com placas indicativas, Criação de Truta do Professor Heleo a 4200m e mais uma outra placa um pouco mais bonita de outro pesqueiro a 2800m. Beleza! Dois locais diferentes mas fomos para o do Prof. Heleo.
Fomos para o Prof. Heleo, passamos por uma estrada que ficava cada vez mais estreita e a cada metro piorava o trajeto, a expectativa era que valeria a pena.
Ao chegarmos no local confesso que fiquei decepcionado. Não permitiam mais pescar, estava tudo muito mal cuidado, parecia até abandonado.
Fomos recebidos por dois meninos muito simpáticos que disseram que o avô Sr. Heleo foi até a praça. Perguntei se podíamos ver a criação e eles disseram: "Olha aí !!!"
As trutas são maravilhosas, tinham algumas amarelas, outras azuis, mas a predominação era vermelha.
Algumas muito grandes pareciam um Taimen. A grande maioria em tanques infestados e algumas maiores em uma espécie de riacho. No riacho em uma imitação de seu habtat natural foi o máximo velas.
Trutas em um riacho imitando seu habtat.
Mundo de trutas, muito mal cuidado.
O local valia a pena, era muito lindo, bem cuidado, os tanques eram naturais, mas estavam sem truta. Para compensar o senhor nos mostrou um lago com carpas que mamavam no dedo. Possuía algumas carpas capim gigantescas, deveriam ter em torno de 5 a 8kg. Brincamos com as carpas, demos um pouco de pão, escutamos as estórias do senhor simpático e voltamos.
Agora vamos para a Pousada Kiriri-Ete que tínhamos reservados e pronto, chega de aventuras doidas sem garantias.
Agora tinha acertado, putz que lugar lindo. Todos ficaram empolgados e esqueceram um pouco com a furada das trutas. Conversando com a proprietária, Dona Vera, muito centrada e reservada, me comentou que poderia pescar nas lagoas, perguntei como era o sistema, ela disse pode pescar e soltar o peixe, apenas cuidar para não machuca-los, era tudo que queria ouvir.
Lagoa maior de frente a pousada Kiriri-Ete.
As lagoas de perto da pousadas dava pena até de pescar, eram lindas demais, observei o local e estava infestado de lambaris, nunca vi tão grandes, depois fui até uma lagoa maior mais ao alto do terreno, ao qual era chamada de "açude", parecia mais natural, segundo Dona Vera, tinha carpas e jundiás.
Após darmos entrada e descarregar o carro, peguei minha pequena vara e fui até o "açude", dava para dar uma pescadinha antes do "chá da tarde", montei meu Fly-caipira com uma fly mosca red e joguei, senti que os peixes deram uma beliscada. Em um segundo arremesso veio o bicho, um enorme lambari, grande mesmo, quase dois palmos.
Parecia uma Matrinxã.
Nunca vi tão grande.
Mais alguns arremessos, alguns puxões, então os outros hospedes que estavam na outra lagoa pescando com varas de bambu me descobriram, não deu mais nada, muito barulho. Saí e fui para o "chá da tarde", vou voltar depois quando não tiver ninguém.
Tomei um café muito gostoso, musica ambiente, a visão do local era panorâmico, vale a pena só de ficar ali sentado olhando, que paz, que tranquilidade.
Voltei para o "açude", agora com mais uma vara, armei um sistema para pescar jundiás, isquei com sabonete, isto mesmo, segundo Jeremy Wade do monstro do rio, é assim que pescam na áfrica os bagres.
Na outra vará continuei com meu Fly-Caipira, novamente após alguns arremessos consegui um pequeno lambari, estavam muito ativos, vez ou outra percebi alguns botes maiores.
Pequeno pego com Porvinha
Troquei para um fly um pouco maior, após algum tempo minha família chegou para apreciar a pescaria. Mal chegaram e um monstro bateu na linha, será uma carpa? Será um jundiá? Comecei a briga rebocando o peixe que não se rendia, o bicho deu um salto mas não consegui identificar enfiando-se em seguida nos entulhos do fundo da lagoa, só podei ser um jundiá, pucha de um lado, pucha de outro para desenroscar o bicho e mais um salto, dessa vez pude ver o bicho mas não acreditei, era uma considerável traíra.
Tirei o bicho da água e fomos para a foto, que bicho lindo, olho bem caramelo, peixe muito saudável, após todos verem, muitas fotos, volta pra casa bicho lindo.
Bicho bravo, voltou para casa após as fotos.
Então mudei meu fly caipira com um flog de borracha com ant-enrosco, alguns arremessos e mais um bicho lindo na linha, pucha para a margem e volta para vida. E assim foi a brincadeira com mais dois exemplares consideráveis, elas estavam para o crime e acabando com meu Flog. Quem diria vim para Urubici pegar Trutas e acabei em um pescadão de 4 Traíras.
Observei que a outra vara estava iniciando algum trabalho, mas acabou ficando só nisto. Escureceu, o frio bateu valendo, já não via mais nada, voltei para a pousada, faceiro faceiro.
Local:
Pousada Kiriri-Ete - Urubici - SC
Fase Lunar: Cheia.
Tralha: Molinete Ultra-Leve, Molinete Leve
Isca Artificial: Fly Abelha e Fly Porvinha
Fase Lunar: Cheia.
Tralha: Molinete Ultra-Leve, Molinete Leve
Isca Artificial: Fly Abelha e Fly Porvinha